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Médicos do Reino Unido querem usar um diagnóstico realizado há mais de 200 anos para desenvolver uma parecer sobre como o câncer evoluiu nos últimos dois séculos.
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John Hunter um dos cirurgiões mais influentes da história da medicina, considerado pivô da transformação da medicina em ciência moderna.
No ano de 1786, o médico escreveu sobre o caso de um paciente que tinha um inchaço na parte inferior da coxa. Ele descreveu a ocorrência de um "tumor tão duro como um osso".
"Parecia ser um adensamento do osso, estava crescendo muito rápido. Ao examinar a parte doente, se descobriu que é de uma substância cercando a parte inferior do osso da coxa, um tipo de tumor, que parece ter origem no próprio osso", escreveu Hunter em suas anotações.
Segundo o G1, o especialista disse que o paciente começou a piorar gradualmente. "Sua respiração ficou cada vez mais difícil", registrou.
Sete semanas depois, o paciente do hospital St George morreu e a autópsia mostrou tumores nos pulmões, no coração e nas costelas.
Durante dois séculos, as anotações ficaram preservadas no museu Hunterian Museum, em Londres, bem como amostras de tecidos do paciente referido, que foram guardadas para estudo.
O material, hoje em dia, está sendo bastante estudado por médicos. "Acho que o diagnóstico (de Hunter) é realmente impressionante, e o gerenciamento do paciente seguiu princípios parecidos com o que fazemos hoje", disse a médica Christina Messiou, do hospital Royal Marsden.
Christina juntou-se com uma equipe de oncologistas que acredita que as amostras históricas podem revelar como o câncer se modificou ao longo dos séculos. Ainda de acordo com o jornal, o estudo visa comparar o material biológico com tumores contemporâneos por meio de análises genéticas e microscópicas. Em seguida, os médicos querem observar se encontram diferenças nos tumores.
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