© Elza Fiuza/Agência Brasil
Um pastor suspeito de ter desferido tapas e socos contra uma homossexual, no dia de Natal, domingo (25), após discussão envolvendo uma vaga de garagem, vai depor nesta quinta-feira (29) para prestar esclarecimento a respeito das alegações de injúria homofóbica e lesão corporal.
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A engenheira de computação Thayana Mamoré procurou o pastor na igreja perto de sua residência para reclamar que ele havia estacionado em frente à garagem da casa. Segundo ela, ao pedir para o homem tirar o carro, que estava impedindo entrada e saída de outros veículos, disse ter sido arrastada para dentro do templo evangélico, no bairro da Sacramenta, em Belém. A Delegacia de Combate a Crimes Discriminatórios (DCCD) da Polícia Civil investiga o caso.
“Ele disse para eu tomar cuidado com a mão de Deus, e saiu atrás de mim. Fui arrastada para dentro da igreja, enquanto ele gritava que eu iria pro inferno porque eu era sapatão”, contou a engenheira. Ela diz que sofreu uma série de tapas na cabeça, e foi atingida por um soco. "Fui vítima de crime de ódio", conclui.
“Em casos como este, não há inquérito, mas sim o Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) . Ocorre que a legislação brasileira é falha e ainda não prevê homofobia como um crime grave”, explicou a delegada Hildenê Moraes.