A disputa por um lugar na areia de Copacabana próximo do palco onde haverá os shows na festa de réveillon requer muito fôlego e resistência. Nas primeiras horas deste sábado (31), muitas famílias começaram a montar tendas e barracas para demarcar território e servir como base de apoio aos amigos e parentes que se reunirão ali para ver as apresentações e os fogos.
PUB
O aposentado paulista Nildo Luzio dava os últimos retoques na tenda que ele mesmo armou, onde a família se reunirá para a ceia, mais à noite. Ele cuidou de amarrar sacos de areia à estrutura, para garantir que a tenda resista ao vento forte.
“Hoje virão parentes e amigos. Nós só vamos começar a montar nossa ceia às 18h. Aí ficamos até o domingo à tarde. A gente fica aqui direto, vê o nascer do sol. Enquanto houver umas comidinhas e uma cervejinha, a gente vai ficando”, contou Nildo.
Vizinha a ele, a família da mineira Luciana Aleixo montou uma barraca de camping, para garantir uma sombra enquanto descansa para a noite da virada. “É a primeira vez que eu estou vindo. Montei barraca para garantir lugar. Peguei o mais perto do palco possível. Nós chegamos às 8h30, para garantir espaço”, disse ela, que veio com a filha, duas primas, duas amigas e duas crianças, direto de Belo Horizonte, de ônibus. No domingo, elas desmontam acampamento e embarcam direto para a capital mineira: “Nós viemos de bate e volta”.
Quem não armou barraca decidiu ir cedo para a praia para ter um lugar privilegiado. Às 14h30, o paulista José Pinheiro batia as últimas selfies em frente ao palco onde se apresentarão os artistas. Ele contou que só ia passar em casa para se preparar e às 17h já estaria de volta, apesar do sol forte.
“Nós estamos só fazendo um reconhecimento da área, para voltar e fazer o nosso acampamento. Nosso protetor solar é fator 60. Mas vale muito a pena, é uma das maiores celebrações que o Rio oferece para o país”, disse ele, ao lado da namorada, Loide Soares, que irá pela primeira vez ao réveillon em Copacabana. “É uma sensação indescritível, muito legal. Era um desejo que eu tinha e este ano tive a oportunidade”, disse.
Até moradores de outras cidades do Rio se anteciparam para pegar um lugar na areia, como o vendedor Dalton Jonas Nogueira Barcelos, de Duque de Caxias, que saboreava um energético em uma taça, à beira do mar. “Eu vim com o meu esposo. Está muito bom aqui em Copacabana. A família dele vai vir mais tarde. Estamos tentando guardar lugar”, disse Barcelos, entre um gole e outro de energético. Com informações da Agência Brasil.