Cineasta homenageia ex-presos políticos com vídeo inédito; veja

Imagens exclusivas de “Amores de Chumbo” são publicadas com mensagem no Facebook

© Victor Jucá/Divulgação

Cultura Cinema 01/01/17 POR Notícias Ao Minuto

O longa-metragem "Amores de Chumbo” presta homenagem aos ex-presos políticos do Brasil no Facebook. O perfil oficial publicou, neste último dia do ano, um trecho inédito e exclusivo do filme, primeiro de ficção da cineasta pernambucana Tuca Siqueira.

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Filha de ex-presos políticos, Siqueira reiterou a homenagem em seu perfil pessoal: “Ficção é a mais pura liberdade, mas é na realidade que vivem os sonhos”, escreveu. “Neste ano novo, eu desejo mais tolerância porque a gente quer e merece. A vida segue, a bandeira de 2017 já se espalha no vento e se a gente quiser isso pode ser muito. Então, pra você que resistiu a esses últimos tempos e a tantos outros, toma esse abraço longo e apertado!”, completou.

O vídeo publicado no Facebook é um trecho do filme que não chegará aos cinemas. É, segundo a página oficial, “uma homenagem a muitos dos presos políticos que emprestaram suas memórias e sua presença na realização de 'Amores de Chumbo'”.

As imagens apresentam dois personagens, um poema, um último dia de filmagens e histórias de verdade. Os atores Aderbal Freire Filho, que interpreta o personagem Miguel, e Cláudio Ferrário, que vive Bosco, aparecem no material especial – junto com “ex-presos políticos, amigos e familiares”.

Entre eles: Luciano e Luci Siqueira, pais de Tuca, além de Tereza Costa Rego, Maria Yvone Loureiro, Paulo Dantas, Tadeu Lira, José Calistrato Cardoso, Lilia Gondim, José Arlindo Soares, Marcelo Mário de Melo. As cenas foram gravadas em dezembro passado.

Já o longa “Amores de Chumbo” foi filmado entre as cidades pernambucanas do Recife e Ipojuca, em dezembro de 2015, e mais Tolousse, na França. A trama conta a história de Miguel (Aderbal), Maria Eugênia (Juliana Carneiro da Cunha) e Lúcia (Augusta Feraz). Os três têm entre 65 e 70 anos e precisam lidar com o resgate de um segredo e a volta de um amor, interrompido pela ditadura militar no Brasil. 

A cineasta já revelou que “Amores de Chumbo” não traz imagens históricas. Os Anos de Chumbo no Brasil aparecem como um “elefante branco”, uma presença na vida das vítimas. A sinopse oficial do filme explica: “É pelo ponto de vista de três personagens centrais que revivemos a história política e social da época do chumbo; uma história que mudou o rumo de muitas vidas”.

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