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Segundo uma pesquisa realizada na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a qualidade da alimentação de um indivíduo tende a melhorar, conforme aumenta sua idade e escolaridade. A pesquisa reuniu 3.382 pessoas, a partir dos 10 anos, e analisou-as segundo sexo, idade e nível de escolaridade. “São necessárias estratégias de promoção da alimentação saudável para toda população, especialmente adolescentes, adultos jovens e pessoas com baixa escolaridade”, alerta a nutricionista Daniela Assumpção, responsável pelo estudo.
Analisada segundo o índice de Qualidade da Dieta Revisado (IQD-R), a pesquisa concluiu que os adolescentes têm o pior padrão alimentar, pois consomem menos cereais integrais, vegetais, frutas e óleos, e consomem mais gorduras sólidas, álcool e açúcares de adição do que adultos e idosos. A pesquisa também concluiu que, apesar de pessoas mais escolarizadas ingerirem mais grãos integrais, frutas e vegetais, elas não consomem as quantidades suficientes e acabam por ingerir muita gordura saturada, presente em pratos congelados.
Segundo Daniela, aproximadamente 70% dos óbitos por ano acontecem em decorrência da má alimentação. “É preciso ampliar o acesso à alimentação saudável investindo em políticas públicas que reduzam os diferenciais de educação e renda na população, investir em ações de promoção da alimentação saudável, especialmente para crianças, adolescentes e adultos jovens”, afirma. E, ainda, prevenir o desenvolvimento de doenças relacionadas à má alimentação, regulamentar a publicidade de produtos alimentícios com alto teor de sal, açúcares e gorduras ruins, e resgatar hábitos saudáveis como comer sentado à mesa e preparar as refeições no próprio domicílio.
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