Temer aguarda parecer para se manifestar sobre massacre

Família do Norte do Amazonas matou 56 detentos no Compaj; mortes estão relacionadas com a disputa entre a FDN e o PCC

© Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Política cautela 03/01/17 POR Estadao Conteudo

O presidente Michel Temer vai continuar, pelo menos até o momento, sem fazer uma manifestação pública direta em relação ao massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, o Compaj, em Manaus (AM), que culminou com a morte de 56 detentos.

PUB

A avaliação no Planalto é que a manifestação do governo já está sendo feita com ação in loco por meio do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que na segunda-feira, 2, a pedido do presidente, foi para a região. Segundo auxiliares de Temer, o presidente vai aguardar o "diagnóstico" que Moraes trará da situação e apenas depois definir se tomará ações, como convocar governadores para Brasília para ampliar o debate sobre o tema.

"O presidente determinou que o ministro tome as providências necessárias e isso já está sendo feito, certamente Moraes vai reportar todas as informações no seu retorno e então o presidente determinará novas ações", disse uma fonte. O Planalto salienta que a situação é "delicada" e "grave" e não descarta que a crise que começou em Manaus possa se espalhar por outros Estados. "São brigas de segmentos organizações, do crime organizado, e as experiências anteriores com esse tipo de situação demonstram que é preciso ter cautela em qualquer tipo de ação do governo", salientou outro auxiliar de Temer.

Apontada como a terceira maior facção do País, atrás apenas do PCC e do Comando Vermelho, a Família do Norte do Amazonas matou 56 detentos no Compaj. As mortes estão relacionadas com a disputa entre a FDN e o PCC.

Silêncio

Em relação à diferença de postura ao episódio da chacina em Campinas no ano novo, que culminou com a morte de 12 pessoas, quando Temer usou o Twitter para lamentar o ocorrido, auxiliares do presidente dizem que "não é possível comentar todas as mortes" e ressaltam que a "melhor resposta ao caso de Manaus é continuar trabalhando". E que o caso de Campinas se tratava de uma "tragédia familiar". "Neste caso, é um episódio de Segurança Pública, que exige mobilização das forças de inteligência, é mais complexo", disse uma fonte.

O Planalto também minimiza a ausência de posicionamento oficial do presidente destacando que na semana passada o governo autorizou o repasse aos Estados de R$ 1,2 bilhão do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), justamente consciente da necessidade de corrigir problemas nos presídios brasileiros.

Entre as ações destacadas pelo governo, além do repasse de recursos, está a disponibilidade de auxiliar na transferência de presos e também oferecer a inteligência de segurança nacional para contribuir para solucionar a crise. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 22 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

fama Televisão Há 23 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

mundo Catástrofe 04/11/24

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia

fama Óbito Há 18 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados

fama Mortes Há 21 Horas

Todos os famosos que morreram em 2024 e alguns você nem lembrava

justica Desvio 04/11/24

Funcionário de empresa confessa desvio de R$ 500 mil para apostar no Jogo do Tigrinho

mundo Uganda Há 18 Horas

Raio cai em igreja e mata 14 pessoas durante culto em Uganda

fama Maternidade Há 23 Horas

Nasce primeiro filho de atriz Margot Robbie, diz revista

fama Cantora Há 20 Horas

Rihanna diz que torcia pela seleção brasileira e era fã de Ronaldinho Gaúcho

mundo Estados Unidos Há 23 Horas

Trump sinaliza apoio à ideia de tirar flúor da água, se eleito presidente dos EUA