© Yagiz Karahan / Reuters
Em meio ao clima de insegurança após o atentado que matou 39 vítimas na noite de Réveillon em Istambul, o Parlamento turco decidiu na terça-feira (3) ampliar o estado de emergência no país por três meses, a partir de 19/1.
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A medida foi adotada inicialmente após a tentativa de golpe em 15 de julho e renovada em outubro, permitindo que o governo limite ou suspenda liberdades individuais quando julgar necessário.
O ataque de domingo (1º) foi reivindicado pelo Estado Islâmico em um comunicado. A ação foi justificada como represália aos bombardeios turcos na Síria.
Dois estrangeiros foram detidos no aeroporto de Istambul durante as buscas pelo autor do ataque, segundo informou a agência estatal Anadolu. Há no total 16 pessoas presas por suspeita de participação no episódio. O autor, no entanto, segue solto.
Na ausência de informações oficiais, circularam durante a terça-feira diversos rumores mais tarde desmentidos, como a foto de um passaporte que supostamente pertence ao atirador.
Segundo a imprensa turca, o governo acredita que ele tenha 28 anos e que seja natural do Quirguistão. O homem teria voado até Istambul com a mulher e os filhos em novembro, dirigido até Ancara e rumado à cidade de Konya, onde a família por fim se estabeleceu. A mulher teria sido detida e dito não saber que o marido apoiava a facção Estado Islâmico.
A mídia local exibiu um vídeo supostamente filmado pelo suspeito caminhando na praça Taksim, importante ponto turístico de Istambul. Não está claro como o material chegou aos meios de comunicação nem se as imagens são anteriores ou posteriores ao atentado.
Analistas de segurança ouvidos pela agência de notícias Reuters acreditam que o autor tenha sido treinado para o combate urbano, provavelmente com alguma experiência na Síria, onde pode ter estado durante anos. Com informações da Folhapress.
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