Blindado usado pelo governador Pezão é de empresa ‘fantasma’

Grupo vai receber mais de meio milhão com o aluguel de 19 veículos, sem licitação

© Fernando Frazão/ Agência Brasil

Política rio de janeiro 04/01/17 POR Notícias Ao Minuto

O carro blindado utilizado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, pertence a uma empresa de fachada, que recebe mais de R$ 500 mil com o aluguel de 19 veículos, com contrato sem licitação.O caso se tornou público através de uma reportagem exclusiva do telejornal RJTV, da TV Globo, exibida nesta quarta-feira (4).

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De acordo com o G1, a empresa, chamada Rei dos Blindados Locação de Veículos Ltda, deveria funcionar no número 690 da Avenida Paris, no bairro Bonsucesso, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Mas ao chegar no local, a reportagem encontrou um estacionamento fechado.

“Sempre foi fechado”, disse uma testemunha. A Rei dos Blindados fornece 19 automóveis de passeio para a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), desde novembro de 2016. O contrato, sem licitação, aparece no Diário Oficial com um valor que chega a R$ 509 mil.

A Hilux modelo 2012 que está em uma relação de carros usado por Pezão aparece nos registros de carros alugados pelo governo, segundo documento da Subsecretaria Militar da Casa Civil do estado.

Ainda de acordo com a reportagem, a Rei dos Blindados possui um capital social de R$ 50 mil, valor que é um décimo do repasse do governo do estado: R$ 500 mil. O registro da empresa está no nome de Lílian Alves Mourão do Nascimento e Thamirez Nascimento Bassi.

"Eu sei que a empresa é lá, mas sempre quem administrou foi meu ex-marido. Tá no meu nome, mas ele que administra há muitos anos. Tem muitos anos que eu também não vou lá. Esse lance de contrato, documentação, eu não sei informar porque quem administra é ele", explicou Lílian Alves ao RJTV, se referindo ao ex-marido, Ricardo Bassi do Carmo.

O governo, por sua vez, disse que firmou um contrato emergencial com a Rei dos Blindados porque a empresa que levou a licitação interrompeu o serviço sob a alegação de inadimplência do estado.

Leia também: Mesada recebida por Cabral era maior do que a do tráfico

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