© Ueslei Marcelino
Após a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no Amazonas, que deixou um total de 56 mortos, mais de 200 presos foram transferidos para a Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro de Manaus, que estava desativada deste outubro de 2016.
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O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) fez uma visita ao local e flagrou presos amontoados até mesmo na capela e na enfermaria do prédio.
A situação foi criticada pelo procurador-geral do MP, Pedro Bezerra. "[Eles] estão muito amontoados porque as outras partes [da cadeia] não estavam em condições de recebê-los", comentou o procurador.
Segundo o portal G1, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ainda não se pronunciou sobre o fato.
De acordo com o Comitê de Gerenciamento de Crise do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, até o momento, 278 foram transferidos do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM), do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) e da Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).
A visita foi acompanhada pelo secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes. Ele disse que a situação dos presos é provisória, mas que não há prazo para o fim da estadia deles no local. "Ficarão, em média, sete presos por cela. Não serão permitidas visitas no fim de semana", explicou.
Já o procurador-geral reforçou que as condições do local ainda não são as ideais. "Tem vazamento, as paredes estão cheias de umidade, e não há ainda água e assistência médica. Providenciamos água e providenciaremos assistência médica, pois alguns vieram feridos", afirmou o procurador.
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