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O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou os eixos centrais do Plano Nacional de Segurança Pública: O primeiro tem como objetivo reduzir homicídios dolosos e a violência contra mulher. O segundo o combate integrado à criminalidade. E o terceiro é a racionalização e modernização do sistema penitenciário. "Segurança pública não é só questão de polícia; é questão social, de integração com MP e Poder Judiciário", disse o ministro.
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Moraes apresentou na manhã desta sexta-feira, 6, algumas das principais ações que deverão integrar o projeto que foi antecipado diante da sequência de massacres ocorridos nos presídios de cidades na Região Norte do País, como Manaus (Amazonas) e Boa Vista (Roraima). Ele lembrou, contudo, que o que foi apresentado nesta data também será encaminhado para as secretarias de seguranças estaduais, que ao longo deste mês também contribuirão dando novas sugestões.
A ideia do governo é operacionalizar o Plano a partir de fevereiro. "Não é um plano de intenções, é um plano operacional", afirmou.
Ele ressaltou nesta sexta-feira que uma das principais medidas previstas será intensificar o controle e apreensão de armas de fogo. Segundo ele, haverá a realização de novas operações para apreensão de armas de fogo utilizadas em muitos casos para o roubo de instituições financeiras. "Hoje a criminalidade rouba o banco para roubar colete à prova de balas e as armas. Verificamos as rotas onde mais são apreendidas armas de fogo", ressaltou.
Outro objetivo do programa é diminuir os crimes ocorridos contra as mulheres. "O plano inclui mapeamento dos locais de homicídios dolosos e violência contra a mulher. Não há crime mais subnotificado que os crimes onde a vítima seja mulher... Dez anos para julgar um homicida é um absurdo. Não é culpa do Ministério Público, do Judiciário ou do sistema ", disse. Para o ministro, os Tribunais de Justiça devem priorizar os processos de homicídios dolosos e feminicídios.
Contagem
Em sua apresentação sobre o plano nacional de segurança realizada nesta sexta-feira, o ministro da Justiça e Cidadania afirmou que um dos objetivos é tornar mais eficaz as trocas de informações entre Estados.
Segundo ele, um dos problemas enfrentados hoje é o fato de não haver o registro de dados básicos, como quantos presos há em cada penitenciária. "Vamos ter realmente informações precisas de todos os presídios".
O ministro voltou a ressaltar, contudo, que a criação de novos presídios não é a solução para resolver todos os problemas do sistema prisional. "Não adianta construir presídios se não tiver equipamentos de segurança no presídio", afirmou.
Apesar dessas considerações, o ministro informou, novamente, sobre a liberação de novos recursos para construção de novos estabelecimentos prisionais. A previsão é de que ao menos R$ 200 milhões sejam liberados pelo governo federal para a construção de cinco novos presídios de segurança máxima, que serão distribuídos nas cinco regiões do País. "Preferencialmente serão construídos nas capitais ou macro regiões que tiverem aeroportos", disse. Com informações do Estadão Conteúdo.