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Admilson de Moura, um dos sobreviventes da chacina que deixou 12 mortos durante uma confraternização familiar na noite de réveillon, em Campinas (SP), falou com a imprensa, neste domingo, mesmo dia em que ocorreu a missa de sétimo dia em homenagem às vítimas, realizada na Paróquia Santa Edwiges, no Jardim Aurélia.
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"A dor vai ficar. Hoje, a dor é presente de todos os lados", diz o sobrevivente.
De acordo com informações do portal G1, Sidnei Ramis de Araújo matou a ex-mulher, o filho e mais dez durante réveillon, e depois se matou.
Segundo a testemunha Isamara Filier, de 41 anos, não impedia o atirador de estar com a criança, João Victor, de 8 anos.
Moura foi baleado por Araújo quando estava na garagem da residência. Internado no Hospital Celso Pierro, ele gravou um depoimento para o Fantástico sobre as lembranças da tragédia.
"Ele já chegou dando tiro em todo mundo, não dando chance para defesa de ninguém. Depois entrou para dentro da casa dando tiro nas mulheres [...] Eu apaguei por alguns segundos e acordei ouvindo barulho de tiro, muito tiro... Cheiro de pólvora para todo lado", explica.
A mulher de Moura está entre as vítimas, enquanto o filho, segundo ele, escapou por pouco do atirador. "Ele [Araújo] se matou e não tem quem cobrar, a dor vai ficar com a família... Vai ficar com a gente, não tem muito o que fazer não", lamenta.
Outro sobrevivente da chacina, que preferiu não ser identificado, contou que, quem estava na casa, confundiu os sons dos tiros com os fogos de artifício. "Tava todo mundo reunido, feliz, se preparando pra passagem do ano. A princípio, todo mundo achou que eram fogos."
Ele conseguiu se esconder do atirador e lembra que Araújo também tentou invadir o banheiro onde dois adolescentes se abrigaram durante a série de assassinatos. "Tentou mais de uma vez, ficou lá bastante tempo tentando arrombar a porta", conta a testemunha.
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