© Friedemann Vogel/Getty
Dorival Júnior completa no próximo dia 9 a marca de 18 meses à frente do Santos, a maior de um treinador entre todas as equipes da última Série A. O técnico campeão paulista e vice do Campeonato Brasileiro, entretanto, poderia não começar 2017 à frente do clube, já que escapou por pouco de uma demissão no fim no último ano.
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Mais do que isso, parte da diretoria já tinha até um nome para substituí-lo. Trata-se de Claudinei Oliveira, ex-técnico santista em 2013 e conhecido no clube por ter formado uma geração vitoriosa nas categorias de base, bicampeã da Copa São Paulo em 2013 e 2014.
Claudinei está em alta no mercado pelo acesso à elite do Brasileiro com campanha avassaladora comandando o Avaí. Ele assumiu a equipe catarinense em agosto e conseguiu arrancada surpreendente, com 12 vitórias e quatro empates.
A ameaça a Dorival aconteceu em 19 de outubro, após a eliminação precoce na Copa do Brasil para o Internacional, já em crise e que, posteriormente, seria rebaixado para a Série B. Os gaúchos atuaram com os seus reservas pensando no clássico contra o Grêmio, pelo Brasileiro.
Na ocasião, o Santos ocupava apenas a quarta colocação na competição nacional, sem a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores (já que ainda não havia aberto uma vaga extra para times brasileiros). O que salvou Dorival foi uma vitória improvável, fora de casa, contra a Chapecoense, dias depois da eliminação. Além disso, o treinador contou com o apoio do presidente Modesto Roma Júnior nos bastidores.
A equipe venceu por 1 a 0 e, na sequência, repetiu o placar contra o líder Palmeiras, diminuindo a diferença para o futuro campeão de 12 para seis pontos em apenas duas rodadas, voltando a sonhar com o título.
A possibilidade de demissão foi alimentada pelo temor por mais um fim de ano sem chegar ao torneio internacional. No clube, muitos dirigentes não esqueceram a derrota para o Palmeiras na final da Copa do Brasil e, principalmente, o fracasso nas rodadas finais do Brasileiro quando ocupava a quarta vaga na competição, mas acabou desperdiçando a oportunidade de G-4.
Na ocasião, a decisão de Dorival de poupar jogadores foi apontada como um erro. O treinador justificou que partiu de informações de exames e de relatórios de todos os profissionais do departamento de futebol.
No fim do último ano, o treinador consolidou a segunda colocação e a ida direta para a competição sul-americana após quatro anos de ausência do clube. A primeira vez após a era Neymar.
Agora novamente com moral, mesmo de férias nos Estados Unidos, Dorival tem acompanhado de perto a movimentação do clube no mercado. Para 2017, contará com o volante Leandro Donizete, com quem já trabalhou no Coritiba e aprecia o trabalho.
Um dos principais pedidos do treinador, a reposição de um zagueiro devido as perdas de Gustavo Henrique e Luiz Felipe, que sofreram lesões ligamentares nos joelhos, também foi atendida com a chegada de Cleber, do Hamburgo.
Além deles, o Santos fechou as contratações dos atacantes Vladimir Hernández, do Junior Barranquilla, da Colômbia, e Kayke, que estava no Yokohama Marinos, além do lateral direito Matheus Ribeiro, do Atlético-GO. O clube ainda busca por outros nomes para fechar o grupo para o início da temporada 2017. Com informaões da Folhapress.