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Em meio à crise penitenciária, as sujeiras escondidas debaixo do tapete saem aos poucos, em diversas regiões do país. Em Palmas, na Casa de Prisão Provisória, os presos chegam a oferecer R$ 6 mil para funcionários facilitarem a entrada de celulares e armas. Os valores variam, dependendo do que é proposto pelo detento.
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Um homem que pediu para não ser identificado revelou que existe uma "tabela de preços" dentro do presídio. Os valores menores são referentes à entrada de celulares. O custo para o "serviço" gira em torno de R$ 2 a R$ 3 mil. "Arma de fogo eles oferecem em torno de R$ 5 e R$ 6 mil. E sempre acaba entrando", afirmou o homem.
Ainda de acordo com a denúncia, nem o governo nem a empresa fiscaliza os funcionários das terceirizadas. Em dezembro, uma arma calibre foi encontrada enterrada em um buraco. "Esse tipo de esquema sempre teve, né? Sempre tem aquele que se vende por R$ 2, R$ 3, R$ 4 mil para colocar um celular ou droga dentro do sistema penitenciário", relatou, em entrevista ao G1.
No entanto, de acordo com o diretor do sistema penitenciário da Casa de Prisão Provisória, Darlan Rodrigues, a fiscalização é intensa. "Vamos abrir uma investigação juntamente com a Secretaria de Segurança Pública para que se possa apurar esses fatos, identificar essa pessoa que está contaminando a unidade prisional e tomar as medidas judiciais de imediato", assegurou Rodrigues.
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