Brasil assume liderança de ranking de propina nos EUA

Segunda posição é da China e terceira é do Iraque; Odebrecht e a Braskem não aparecem na lista

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Mundo vexame 13/01/17 POR Notícias Ao Minuto

O Brasil é líder em ranking norte-americano que lista países mais citados por empresas globais em investigações sobre pagamento de propina no país.

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O estudo foi divulgada na última quinta-feira (12) pelo site FCPA (Foreign Corruption Practices Act, que corresponde a Lei Anticorrupção no Exterior) com dados fornecidos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos e pela SEC (Securities and Exchange Commission, órgão que regula o mercado de capitais no país).

Segundo a Folha de S. Paulo, o Brasil aparece 19 vezes como o país em que empresas que operam mundialmente pagaram propina. A segunda posição ficou com a China, que é citada 17 vezes, e a terceira com o Iraque, com oito menções.

A FCPA, de 1977, é uma lei que proíbe empresas que operam nos Estados Unidos de pagar suborno no exterior. A lei se aplica para instituições de qualquer nacionalidade. O intuito da proibição é favorecer a concorrência, que é prejudicada com subornos, além de favorecer grupos e investidores dos EUA.

Este é o terceiro ano que o site divulga o raking. A China liderava a lista com 28 menções em 2015 e 40 em 2016. O Brasil, no entanto, nunca ficou de fora. Apareceu na segunda posição nestes dois anos, com 18 e 10 citações. A Rússia ocupava o terceiro lugar, mencionada oito e nove vezes.

A Odebrecht e a Braskem não aparecem na lista das 81 empresas citadas, pois fechou um acordo de leniência com as autoridades norte-americanas em dezembro do ano passado. O ranking só contempla menções ao país em que houve pagamento de suborno em apurações que estão em curso entre 31 de dezembro de 2016 e o final de 2017.

As empresas brasileiras que integram o documento são a Petrobras e a Eletrobras. Organizações internacionais investigadas pela Operação Lava Jato, como a Rolls Royce (Inglaterra), Sevan Marine e Vantage Drilling Company (ambas da Noruega), SBM Offshore (Holanda), Technip SA (França) e Keppel Corporation (Cingapura) também estão na lista.

Leia também: Ex-vice-ministro colombiano é preso por suborno à Odebrecht

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