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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) apontou a inflação mais favorável que o esperado e a demora na retomada da atividade econômica como motivos para a decisão de reduzir em 0,75 ponto percentual a Selic, taxa básica de juros da economia, atualmente em 13% ao ano.
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Na ata sobre o encontro, divulgada hoje (17), o Copom informa que cogitou uma redução menor da taxa básica de juros, para 13,25% ao ano, com sinalização de intensidade maior de queda para a próxima reunião. No entanto, optou pela redução mais intensa agora, acreditando que “essa decisão contribuiria desde já para o processo de estabilização e posterior retomada da atividade econômica”.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2016 em 6,29%. O patamar está abaixo do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 4,5% com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Na sequência do anúncio da inflação, o Copom surpreendeu ao fazer um corte maior na Selic do que o projetado pelo mercado, que esperava redução de 0,5 ponto percentual. Após essa redução, o mais recente boletim Focus – pesquisa com instituições financeiras divulgada semanalmente pelo BC – já estima que a taxa básica de juros encerrará 2017 em um dígito, no patamar de 9,75% ao ano.
Reformas fiscais
Na ata, os membros do Copom consideram positivo o avanço na aprovação de reformas fiscais até o momento, citando a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos à inflação do ano anterior pelos próximos vinte anos. No entanto, o Comitê ressalta que o processo da aprovação das reformas necessárias “é longo e envolve incertezas”.
O colegiado defendeu a importância da aprovação de outras reformas no âmbito fiscal, além de investimentos em infraestrutura visando aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. A ata da reunião destaca que “as evidências apontam um nível de atividade [econômica] aquém do que se esperava”.
Segundo os membros do Copom, a continuidade do ciclo de redução da Selic e possíveis revisões no ritmo de flexibilização da taxa “continuarão dependendo das projeções e expectativas de inflação e da evolução dos fatores de risco mencionados”. Com informações da Agência Brasil.
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