Maíra Lidiane Panas Helatczuk, de 23 anos, foi uma das vítimas da queda do avião nesta quinta-feira (19), em Paraty. Segundo relatos de pessoas próximas, a massoterapeuta não sabia que estava acompanhada de Teori Zavascki, e se referiu ao ministro como um “senhor muito chique” em grupos de WhatsApp.
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A jovem nasceu em Juína, cidade do Mato Grosso, e a há dois anos decidiu se mudar para São Paulo. Maíra morava na Vila Mariana com o namorado e trabalhava como massoterapeuta no SPA do Hotel Emiliano, cujo dono, Carlos Alberto Filgueiras, também morreu no acidente aéreo. Conforme informações da Veja, este foi o primeiro emprego da jovem na capital paulista.
“Ouvi que ele frequentemente viajava com funcionárias do SPA porque sentia dores nas costas, mas não sei dizer se foi a primeira vez que a levou. Sei que ela via o patrão como um pai, e sempre dizia que ele a ajudou muito quando ela chegou em São Paulo”, disse uma colega de faculdade, Ieda Barreto.
Desde agosto de 2016, Maíra estudava fisioterapia na Univesidade Paulista (Unip). Para ganhar um dinheiro extra, Maíra vendia sucos detox na faculdade, dava aulas de balé e era integrante de um grupo de dançarinas do ventre da casa de chá "Khan El Kalili".
Maíra contou que, há dois anos, havia ganhado uma bolsa de estudos para dançar balé na Suíça. No entanto, segundo seus colegas de faculdade, ela disse que passou mal e desmaiou enquanto caminhava até a pista de embarque. Com a queda, Maíra sofreu uma lesão no pé, o que a impediu de continuar o sonho. A jovem precisou ficar no Brasil e foram as sessões de fisioterapia que a permitiram voltar a dançar. Por este motivo, ela optou por fazer o curso.
“Todo mundo chorou quando ela contou essa história. Ela era uma pessoa que irradiava muita energia e alegria quando chegava. Era incapaz de ficar de mal humor”, contou outra colega da faculdade, Sousa Cruz.
Ainda de acordo com a reportagem, a mãe da jovem, Maria Hilda, de 53 anos, veio do Mato Grosso para comemorar seu aniversário junto com a filha. “Maíra nos disse que viajaria na quinta e voltaria na segunda, e estava muito feliz por poder levar a mãe. Ela vai fazer falta. Era uma pessoa honesta, que trabalhava muito”, declarou Ieda.
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