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Embora o dia de ontem fosse de muita correria para o novo presidente dos EUA, Donald Trump chegou a assinar seus primeiros decretos e anunciar planos para o futuro próximo, contrariando a política conduzida pela administração anterior.
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Cancelamento da contraditória Obamacare
Primeiro e, talvez, o mais importante para hoje: o novo chefe do Estado não se desviou das suas promessas eleitorais e começou os procedimentos para cancelar uma das reformas mais fundamentais do governo Obama na política social — a Obamacare.
No primeiro dia de presidência, Donald Trump assinou um decreto-lei que alivia os encargos adicionais dos hospitais públicos no contexto do futuro cancelamento da reforma introduzida seis anos atrás, comunica a agência Reuters.
Além disso, em um futuro próximo a Casa Branca divulgará um memorando entre os ministérios visando congelar as novas regras de regulação econômica, tudo de acordo com as promessas eleitorais de Trump.
Deste modo, Trump e seu partido têm o intuito de cancelar a reforma de Barack Obama no prazo mais curto possível.
A reforma do serviço de saúde de 2010, que foi batizada informalmente como "O tratamento de Obama" (Obamacare, em inglês), prevê subsídios para seguros médicos para os desfavorecidos. Ao mesmo tempo, todos os norte-americanos foram obrigados a comprar seguros médicos. Os serviços de saúde nos EUA são os mais caros no mundo.
A Obamacare provocou uma reação contraditória na sociedade. Segundo as enquetes, quase metade dos norte-americanos acham que a reforma deve ser cancelada. Entretanto, vale ressaltar que cerca de 20 milhões de pessoas obtiveram seguros médicos pela primeira vez graças à Obamacare.
A lei foi adotada em 2010 com os votos dos democratas, que na época controlavam o Congresso. Depois, os republicanos que conseguiram a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado, votaram várias vezes pelo cancelamento da lei, mas não conseguiram ultrapassar o veto do presidente. Agora, os republicanos estão seguindo o antigo caminho dos democratas e planejam introduzir as mudanças de modo unilateral, sem chegar a acordo com a oposição.
Sessão 'via Skype' com militares norte-americanos no Afeganistão
Na noite da sexta-feira (20), além de festejar, o presidente dos EUA, Donald Trump, falou com os militares norte-americanos no Afeganistão por videoconferência.A sessão de vídeo foi organizada no âmbito de um baile de posse das Forças Armadas dos EUA transmitido oficialmente pelo canal CNN.
"Vocês estão cumprindo vosso dever espetacularmente", disse o presidente se dirigindo aos militares norte-americanos.
"Vocês são as melhores pessoas. Estamos 1000% com vocês. Continuem lutando. Nós venceremos", adiantou Trump.
Ele conversou com seis militares, propondo-lhes que perguntassem tudo que quisessem, mas ao invés disso os soldados o parabenizaram várias vezes com a tomada de posse como chefe de Estado e comandante-em-chefe.
Trump frisou que nele os militares encontraram apoio e que ele lhes prestará todo o apoio que puder. O presidente chamou sua esposa Melania ao microfone e ela prometeu aos militares: "Faremos a América grande de novo!"
Os especialistas do canal Fox News assinalaram que tal contato ao vivo com o Afeganistão não aconteceu por acaso. Trump, mais uma vez, tentou destacar sua prioridade — o combate ao islamismo radical, segundo acreditam eles.
Churchill volta à Casa Branca
Um busto do político britânico Winston Churchill voltou ao Salão Oval em pleno dia de posse do 45º presidente dos EUA, Donald Trump, após ter sido retirado pelo ex-líder do país, Barack Obama, em 2009, diz a edição The Hill.
Mais cedo, foi comunicado que Trump planeja introduzir algumas mudanças na decoração do gabinete, o que é uma tradição para cada família que chega à Casa Branca.
Claro que tais mudanças ainda mal podem ser denominadas de globais, mas, como observaram os jornalistas durante a assinatura dos primeiros decretos presidenciais, o busto de Churchill voltou ao seu lugar histórico. Em 2009, Obama retirou-o para o substituir pelos bustos de Abraham Lincoln e Martin Luther King, gerando grande repercussão nos círculos conservadores que viram isso como uma "picada" ao aliado histórico dos EUA, a Grã-Bretanha.
O CNN assinalou a rapidez com a qual o novo presidente está introduzindo mudanças no ambiente do seu novo gabinete e afirmou: "Provavelmente, isto também é uma prova da sua resolução para começar seu trabalho". Com informações do Sputnik Brasil.