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Subiu para cinco o número de mortos na avalanche que destruiu o hotel Rigopiano, situado na região de Abruzzo, centro da Itália. Além disso, 11 pessoas foram encontradas com vida, sendo que duas continuam debaixo dos escombros. Outras 23 estão desaparecidas.
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Na manhã deste sábado (21), os bombeiros conseguiram recuperar mais três corpos - duas mulheres e um homem -, que somam-se aos dois resgatados na última quinta-feira (19), dia seguinte ao deslizamento de neve. Seus nomes não foram divulgados.
Ainda de madrugada, por volta de 4h30 (horário local), os socorristas haviam tirado três sobreviventes do hotel, sendo duas mulheres e um homem. Cerca de três horas depois, mais um homem foi salvo dos escombros. Seus nomes são: Vincenzo Forti, Francesca Bronzi, Giampaolo Matrone e Giorgia Galassi.
"Eu apertava a mão de minha esposa e conversava para mantê-la acordada. A chamava, mas a um certo ponto não a escutei mais e entendi que estava me deixando", contou Matrone aos socorristas. Sua mulher, Valentina Cicioni, está entre as vítimas da tragédia.
Todos os sobreviventes foram levados de helicóptero ao Hospital de Pescara, a 50 km de distância, mas estão em boas condições, segundo os médicos. "Nove já foram salvos, dois vivos ainda precisam ser resgatados, e há cinco vítimas. As operações estão ainda muito complicadas por causa das condições extremas", disse o chefe da Proteção Civil da Itália, Fabrizio Curcio.
Desde a noite de quarta-feira (18), o Corpo de Bombeiros trabalha ininterruptamente para encontrar sobreviventes. No entanto, a cada hora que passa, diminuem as esperanças. As pessoas encontradas até aqui estavam na área de recreação do hotel e na cozinha, que não desabaram completamente, o que lhes permitiu continuar respirando.
Além disso, todas estavam equipadas com roupas de neve e conseguiram se proteger das baixas temperaturas registradas na região nos últimos dias - o Rigopiano fica no maciço de Gran Sasso, na cordilheira dos Apeninos, a cerca de 1,2 mil metros de altitude.
Os outros cinco sobreviventes, resgatados na última sexta-feira (20), são: Adriana Parete, Ludovica Parete e Gianfilippo Parete, esposa e filhos do cozinheiro Giampiero Parete, que escapou da avalanche porque tinha ido até seu carro no estacionamento; e as crianças Edoardo Di Carlo e Samuel Di Michelangelo, cujos pais seguem desaparecidos. Além disso, no dia do deslizamento, um funcionário do hotel, Fabio Salzetta, já havia conseguido escapar.
"Tendo em vista a situação, ter resgatado diversas pessoas vivas já é uma grande satisfação. Devemos nos mover com muita cautela, porque o estado do lugar é perigoso até para nós", declarou o bombeiro Alberto Maiolo. Os trabalhos de buscas têm sido conduzidos com bastante cuidado para evitar que novas partes do hotel desmoronem.
A avalanche aconteceu na tarde da última quarta-feira, após a série de terremotos que sacudiu o centro da Itália, principalmente a região de Abruzzo. A neve arrastou o edifício por 10 metros e destruiu boa parte de sua estrutura. Desde então, as informações sobre mortos e sobreviventes são bastante desencontradas.
Na sexta passada, o prefeito de Osimo, Simone Pugnaloni, havia escrito no Facebook que uma família da cidade - o pequeno Samuel e seus pais - tinha sido salva. No entanto, mais tarde descobriu-se que Domenico Di Michelangelo e Marina Serraiocco, genitores do menino, ainda não foram encontrados.
"Se desculpando com a cidade e com os familiares de Marina e Domenico pelo equívoco, gerado provavelmente pela forte emoção do momento, nossa comunidade continua a rezar sem perder a esperança", disse o prefeito neste sábado. (ANSA)