Palmeiras promete manter ajuda à Chape e 'ignora' resultado em estreia

Presidente palmeirense se envolveu diretamente com a homenagem ao ajudar na entrega das medalhas aos familiares das vítimas do acidente aéreo

© Paulo Whitaker / Reuters

Esporte Chapecoense 21/01/17 POR Folhapress

Um raro caso no qual o resultado pouco importou. Assim, o Palmeiras deixou a Arena Condá na noite deste sábado (21), depois do empate por 2 a 2 com a Chapecoense, no primeiro compromisso da temporada. O presidente Maurício Galiotte tratou de prometer a manutenção da ajuda aos catarinenses e ignorou qualquer aspecto técnico do amistoso.

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Em entrevista concedida depois da partida em Santa Catarina, Galiotte se mostrou emocionado com o que viveu na tarde deste sábado. O presidente palmeirense se envolveu diretamente com a homenagem ao ajudar na entrega das medalhas aos familiares das vítimas do acidente aéreo.

"Os valores envolvidos neste jogo são imensuráveis. Estamos aqui esticando os braços e oferecendo toda ajuda à Chapecoense. Este é o nosso objetivo aqui. [...] O Palmeiras não vai medir esforços para pode reconstruir a Chapecoense", declarou o dirigente.

"O jogo em si para nós valeu muito mais por estar aqui neste momento, para poder reconstruir e ajudar a Chapecoense; trazer para a cidade de Chapeco um pouco de carinho e apoio. É acima do que aconteceu nas quatro linhas", acrescentou.

O Palmeiras se apresentou como um dos clubes mais solidários à Chapecoense desde o acidente ocorrido em novembro do ano passado. Os dois clubes trataram o amistoso deste sábado como o "jogo da amizade" e estamparam um o símbolo do outro em seus uniformes.

O envolvimento do Palmeiras se tornou ainda maior após o convite da diretoria da Chape. Mauricio e o Antonino Jesse Ribeiro, segundo vice da atual gestão, entregaram medalhas aos parentes das vítimas; o presidente palmeirense admitiu a "dificuldade" em lidar com a situação.

"Olha...foi um momento de muita emoção. Foi um momento de muito sentimento; ali, as pessoas e todos os familiares envolvidos diretamente na tragédia que esse clube viveu, essa cidade viveu. Foi uma honra, mas um momento muito duro, um momento de muita tristeza para os envolvidos", recordou-se Galiotte.

BAPTISTA

O fator emocionou atingiu até quem buscava retornos técnicos neste sábado. O técnico Eduardo Baptista, que estreou pelo Palmeiras justamente no compromisso diante da Chape, aproveitou a entrevista concedida após o jogo para desabafar sobre a situação inédita na carreira.

"Vou embora do jeito que eu cheguei: triste. É uma situação em que perdi muitos amigos, atletas, amigos, e nessa situação o sentimento é de tristeza. Eram jovens. Foi um clima muito difícil para mim, principalmente", afirmou.

"Não saí do vestiário até o jogo porque sabia que tinha de me concentrar. Sabia que seria pesado, como foi. Rezo bastante pelas famílias sempre e rezo bastante pelas pessoas de Chapecó para superar isso", finalizou. Com informações da Folhapress.

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