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Com a crise econômica, que derrubou importações, remessas de lucros e gastos com viagens, o deficit nas transações do Brasil com o exterior somou US$ 23,5 bilhões em 2016, cerca de 60% a menos do que os US$ 58,8 bilhões de 2015, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24) pelo Banco Central.
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Em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), o deficit representou 1,3%, o menor percentual desde 2007, último ano em que o Brasil registrou superavit nas transações com outros países.
O resultado foi influenciado principalmente pelo recuo das importações no ano passado, consequência da retração da economia. As compras de outros países somaram US$ 139,4 bilhões em 2016, ou seja, 19% a menos do que em 2015.
Como as exportações somaram US$ 184,4 bilhões em 2016, houve um superavit de US$ 45 bilhões na balança comercial no ano passado, ou seja, um resultado 154,8% melhor do que o resultado positivo registrado nessa conta em 2015.
Na conta viagens, o BC registrou um deficit 26,4% menor do que em 2015, já que a crise também derrubou os gastos com viagens internacionais.
No ano passado, os brasileiros gastaram US$ 14,4 bilhões em viagens no exterior, uma redução de 16,4% na comparação com o ano retrasado. Já as despesas dos estrangeiros com viagens no Brasil somaram US$ 6 bilhões, ou seja, um crescimento de 3% ante 2015.
INVESTIMENTO
A crise também afetou o investimento direto das empresas brasileiras no exterior, que caiu de US$ 13,4 bilhões em 2015 para US$ 7,7 bilhões em 2016. Ou seja, uma queda de 42,5% na comparação dos dois anos.
Já o investimento direto no Brasil somou US$ 78,9 bilhões, cerca de 6% maior do que o registrado em 2015, quando essas operações somaram US$ 74,4 bilhões, de acordo com o BC. Com informações da Folhapress.