© Reuters / Nacho Doce
Em crise e tentando sobreviver à Operação Lava Jato, a Odebrecht planeja que os membros da família que dá nome à companhia participe não participem mais da administração do grupo, segundo o jornal "Valor Econômico".
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A mudança deve ser concretizada em dois anos, quando o presidente do colegiado da holding Odebrecht S.A., Emílio Odebrecht, deixar o cargo. A partir de então, os familiares só indicariam profissionais para os assentos. Ainda assim, esses indicados seriam minoria.
O presidente da holding, Newton de Souza, disse ao jornal que a família terá apenas um papel de investidora, e não na gestão direta. De acordo com ele, Emílio Odebrecht está providenciando para que "as práticas sejam documentadas".Souza ainda afirma que, para prestar contas à sociedade, o grupo pretende abrir o capital da Odebrecht Engenharia em 2018.
Como a Folha de S.Paulo revelou, a empreiteira já cogitou trocar o nome do grupo e também uma redução de negócios em até 60% para tentar superar a crise.A possível nova nova marca pode ser única -como ODB- ou nomes independentes para cada negócio do grupo.
Também é discutido o encolhimento da companhia. A curto prazo, até o meio do ano, seriam vendidos ativos no valor de R$ 12 bilhões para abater a dívida bruta, que em 2015 era de R$ 100 bilhões e a maior fonte de preocupação do grupo.Estão à venda as concessões que a Odebrecht e sócios têm do estádio do Maracanã, que foi abandonado pela empresa com a crise, e do aeroporto do Galeão, no Rio. Com informações da Folhapress.
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