© Jorge Duenes / Reuters
O número de famílias brasileiras que emigra ilegalmente para os Estados Unidos com filhos menores de idade cresceu. Isto porque o país não deporta crianças, o que garante também a estada de seus pais.
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De acordo com a Folha de S. Paulo, pelo chamado "pegar e soltar", após a apreensão, os imigrantes são enviados para centros de detenção, onde podem permanecer poucos dias ou até alguns meses. Na sequência, são liberados com uma tornozeleira eletrônica, junto com o menor, e ficam à espera de uma audiência.
Como os tribunais de imigração estão com as demandas altíssimas, as audiência podem demorar anos.
"Mudou completamente o perfil dos brasileiros que vêm: dez anos atrás, eram pessoas sozinhas ou casais sem filhos; agora, são famílias, por causa da política do cai cai", explica a diretora executiva do Brazilian American Center, em Framingham, Liliane Costa.
A forma mais comum de permanência ilegal de brasileiros no país era como turista. Eles entravam e ficavam, ignorando a validade do visto. Contudo, o número de vistos negados a brasileiros subiu consideravelmente no último ano. Foi de 5,36% em 2015 (ano fiscal americano, que termina em setembro) para 16,7% em 2016.
De acordo com a matéria, até setembro, o Brazilian American Center recebia cerca de duas famílias por semana que entravam no país com a ajuda dos chamados coiotes. Agora, chegam ao centro duas famílias por dia.
Nos dois últimos meses do ano passado, 940 brasileiros foram pegos após atravessar ilegalmente a fronteira americana, média de 15,4 por dia. O que corresponde a um crescimento de 73% em relação à média diária no ano fiscal de 2016, quando 3.252 brasileiros foram presos (8,9 casos/dia).
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