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A recuperação da economia italiana continua lenta e os efeitos pesados sobre a sociedade do país ainda são muito sensíveis. É o que revelou o "Relatório Itália 2017" feito pela Eurispes e divulgado nesta quinta-feira (26).
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Segundo o documento, um italiano em cada quatro se sente pobre, quase metade das famílias (48,3%) não consegue pagar suas contas e chegar com dinheiro no fim do mês e apenas uma família em cada quatro consegue guardar dinheiro mensalmente.
Mas, um dos dados mais fortes do relatório é que parece que é preciso "dar um passo atrás" para conseguir avançar na vida: mais de um jovem em cada 10 se disse obrigado a voltar para a casa dos pais ou de irmãos por dificuldades financeiras. Além disso, 25,6% das famílias italianas têm dificuldades para pagar despesas médicas.
O relatório mostrou que existem 11 milhões de "millennials", a geração nascida até os anos 2000, mas que quase a metade deles (48%) se dizem "desiludidos" com o futuro no país da bota.
Sobre essa "juventude" italiana, o Eurispes fez um perfil sobre o consumo de mídias digitais, símbolo dessa geração. Eles passam cerca de duas horas e 41 minutos por dia usando smartphones e gastam 66 minutos e 34 segundos por mês em frente à tela de um computador ou notebook. Além disso, gastam quatro horas e 25 minutos por dia em frente à televisão.
Mas, se por um lado os "millennials" são muito bons em tecnologia por outro apresentam dificuldades para fazer um planejamento financeiro. Em particular, para 45% deles, guardar dinheiro é um "grande sacrifício" enquanto 40% declara que não acredita que receberá no futuro um salário similar ao de seus pais.
- Stalking: O estudo do Eurispes mostrou ainda que 83% dos italianos já sofreram com ameaças online ou através do celular, o chamado "cyber stalking". E o número aumenta quando se for analisado as faixas etárias mais baixas da pesquisa: 91,2% entre aqueles que tem 25 e 34 anos e 87,5% entre os de 18 e 24 anos.
No que tange ao fenômeno do stalking "tradicional", quando uma pessoa persegue a outra fisicamente, 12,2% dos cidadãos informaram que já sofreram com o problema e 29,6% relataram que conhecem alguém que passou por isso. As vítimas se concentram, especialmente, na faixa etária entre 18 e 44 anos, com um pico entre 25 e 34 (20%). Os autores dos crimes são os ex-parceiros de relacionamento (37,1%), algum conhecido (17,4%) e colegas (15,9%). (ANSA)
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