Trabalho escravo no mercado da moda é tema de debate no Rio

Iniciativa tem como objetivo promover o consumo consciente e a reflexão sobre as cadeias produtivas

© Reuters

Brasil Consumo 28/01/17 POR Notícias ao Minuto

Pesquisadores e profissionais da moda se reúnem neste sábado (28), no Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, para discutir a exploração nas cadeias produtivas da indústria têxtil na data em que se lembra o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

PUB

Com o título de Esquenta Fashion Revolution Rio, a iniciativa tem como objetivo promover o consumo consciente e a reflexão sobre as cadeias produtivas que estão por trás do que é consumido atualmente. Na mesa de debates “Escravos da Moda”, a procuradora do Trabalho Guadalupe Couto abordou a questão do trabalho exploratório na indústria têxtil.

“O evento é para conscientizar as pessoas sobre a existência de trabalhador submetido à condição análoga de escravo na indústria têxtil. Temos na cadeia produtiva de grandes grifes a exploração de trabalhadores como escravos. São submetidos a condições degradantes, sem água, sem moradia em condições dignas, sem equipamentos de proteção, sem salários e sem os direitos trabalhistas. Muitas vezes submetidos ao cerceio da liberdade de ir e vir, são mantidos presos nas oficinas e submetidos a jornadas exaustivas”, disse a procuradora.

Segundo a procuradora, as pessoas submetidas à condição análoga à escravidão na indústria moda no Brasil são, principalmente, brasileiros, bolivianos, peruanos, além de outros cidadãos latino-americanos em grave situação de vulnerabilidade, que acabam se submetendo ao trabalho degradante.

O evento, promovido pelo Fashion Revolution Brasil, conta com as parcerias do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e da Cáritas RJ. Além das mesas de debate, estão programados um bazar de troca com o projeto Excambo, cinedebate com exibição do documentário The True Cost, e oficinas de reciclagem.

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi escolhido em homenagem aos auditores fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados quando investigavam denúncias de trabalho escravo na zona rural do município de Unaí (MG) no ano de 2004. A data foi oficializada em 2009. Com informações da Agência Brasil.

Leia também: MP questiona decreto que permite retirar cobertor de morador de rua

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Redes Sociais Há 2 Horas

Gkay posa de calcinha em frente ao espelho: 'que nave'

brasil Santa Catarina 17/11/24

Casa do autor de ataque em Brasília pega fogo em Santa Catarina

fama CAMILA-PITANGA Há 22 Horas

Tive muitos encontros capazes de ampliar a minha sexualidade, diz Camila Pitanga

brasil jogo do aviãozinho Há 20 Horas

Jovem que perdeu 500 mil em apostas revela abstinência: 'tremedeira'

fama Donald Trump Há 22 Horas

As celebridades que afirmaram que deixariam os EUA se Trump ganhasse

fama Vladimir Shklyarov Há 5 Horas

Morre Vladimir Shklyarov, um dos mais famosos bailarinos do mundo

mundo ISRAEL-HEZBOLLAH Há 22 Horas

Hezbollah confirma morte do principal porta-voz em ataque israelense

esporte FUTEBOL-FLAMENGO Há 22 Horas

Cirurgia de Arrascaeta abre espaço ao jogador mais caro da história do Fla

economia G20 Há 3 Horas

G20 no RJ: O que é, quando acontece, principais temas e líderes presentes

brasil Bola de Neve Há 5 Horas

Fundador da igreja Bola de Neve, pastor Rinaldo Seixas, morre em acidente