EUA: reforma tributária pode beneficiar empresas de Trump, diz jornal

Empresas do magnata podem ser beneficiadas em mais de 20 milhões de dólares

© REUTERS/Darren Ornitz

Economia Benefício 29/01/17 POR Estadao Conteudo

A proposta de reforma tributária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia preservar milhões de dólares para empresas controladas por sua família.

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As empresas que fazem parte da Organização Trump pagam mais de US$ 20 milhões por ano em juros sobre suas dívidas, de acordo com uma análise do jornal The Wall Street Journal baseadas em divulgações financeiras e outras informações públicas sobre os empréstimos das empresas e suas taxas de juros.

De acordo com a legislação tributária atual, esses pagamentos de juros podem ser deduzidos do rendimento tributável total de um contribuinte, reduzindo os montantes devidos ao governo.

A estimativa do jornal de US$ 20 milhões é conservadora, o que significa que o benefício fiscal para Trump ou suas empresas pode ser maior.

Os republicanos do Congresso propuseram mudanças no código tributário que acabariam com essa dedução para as empresas. Essa proposta é considerada em Washington como o ponto de partida provável para as negociações no esforço mais sério em muitos anos para reformular o sistema tributário.

Nesse cenário, com base na análise do The Wall Street Journal, a receita tributável da Organização Trump poderia aumentar em mais de US$ 20 milhões, o que pode adicionar milhões de dólares por ano à sua conta de impostos.

Embora não se saiba o quanto Trump ou a Organização Trump paga em impostos, ou a que taxa, US$ 20 milhões tributados a uma taxa de 40% de renda pessoal se traduzirá em cerca de US$ 8 milhões em potencial responsabilidade fiscal adicional. (De acordo com uma carta de seus advogados, os negócios de Trump operam "quase exclusivamente" por meio de parcerias e empresas individuais, que não estão sujeitas à alíquota do imposto corporativo.)

O plano de revisão de impostos de Trump, que uma vez se descreveu como o "rei da dívida", preservaria a capacidade da maioria das empresas - incluindo os promotores imobiliários, como a Trump Organization - de reduzir seus passivos fiscais com os juros das dívidas. Seu plano limitaria o uso de deduções de juros somente para alguns setores da indústria.

"Há um claro conflito entre suas finanças pessoais e seu papel presidencial", disse Daniel Shaviro, professor de Direito Tributário na Universidade de Nova York. "Suas próprias políticas tributárias seriam boas para seus interesses financeiros."

Procurada, a Casa Branca afirmou que as questões teriam que ser direcionadas à Organização Trump, que não comentou o assunto.

No início deste mês, Trump anunciou a transferência do controle de sua organização para empresa administrada por seus dois filhos. Não está claro como a transferência pode afetar seus impostos. Trump não identificou os beneficiários ou disse se ele retomará o controle de seus negócios depois que ele deixar o cargo. Fonte: Dow Jones Newswires. Com informações do Estadão Conteúdo.

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