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A ministra Carmén Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), deve homologar até a terça-feira (31) a delação dos 77 executivos da Odebrecht. Essa decisão deixa o governo em expectativa e preocupa os alidos de Michel Temer.
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Segundo revela a Folha de S. Paulo, a "pressa" da ministra é vista por pessoas próximas ao presidente como uma demonstração de que ela busca proeminência para se firmar como líder nacional. A opinião de integrantes do governo é de que Cármen Lúcia deixou a decisão em aberto para criar um fato "político", intesificando a ansiedade sobre o tema.
Os próprios integrantes do governo avaliam que a presidente do STF dará ainda mais excepcionalidade ao caso se decidir homologar as delações antes do retorno oficial dos trabalhos do Judiciário, que está em recesso e retorna no dia 1º de fevereiro.
DELAÇÃO DA ODEBRECHT
Os depoimentos de executivos da empreiteira Odebrecht são considerados os mais importantes da Lava Jato. As delações da empresa mencionam nomes do governo Temer, incluindo o próprio presidente, além dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin e parlamentares. Todos negam irregularidades.
A ministra Cármen Lúcia estudou no sábado (28) o material da delação. A Folha destaca que ainda não há informações sobre as futuras decisões da ministra sobre a homologação a documentação. A presidente do STF ficará responsável por decidir sobre o sigilo dos depoimentos prestados pelos executivos da empreiteira, tonando público o conteúdo dessas falas.
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