Robeyoncé Lima é um dos nomes que serão impressos, em breve, em um cartão da Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE). As letras pequenas simbolizam um feito enorme: representam a alcunha social de uma bacharel em direito transexual, a primeira do Norte e Nordeste a ter o nome que usa socialmente na carteira de trabalho.
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A permissão de exercer a profissão de advogada com o nome de Robeyoncé Lima foi concedida na noite desta segunda-feira (30), pelo presidente da OAB-PE, Ronnie Preus Duarte. Um dia depois do Dia da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro. "Eu não vou passar vergonha ao mostrar a minha carteira profissional", contou a recifense de 28 anos, ao G1.
Robeyoncé tem um processo judicial para que o mesmo nome seja reconhecido nos documentos de identidade. "Só poderei nascer de novo após a decisão judicial", desabafou ao portal. "Será o nascimento de uma pessoa que já exisitia antes", completa. A bacharel disse ainda que espera que a história ajude outras pessoas trans.
O direito de usar o nome social em um documento foi garantido pela resolução número 5 de 2016 do Conselho Federal da OAB (CFOAB). O texto beneficiou apenas uma trans antes de Rebeyoncé, em São Paulo, conforme lembra a presidente da comissão de diversidade sexual e de gênero da OAB-PE, Maria Goretti Soares.
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