© REUTERS / Ricardo Moraes
O Rio de Janeiro é um dos estados mais violentos e perigosos do país no âmbito da criminalidade, sobretudo do tráfico de drogas. Além da tensão no combate ao crime, os policiais militares ainda têm que conviver com os atrasos salariais. Em meio a esses problemas, surgem estresse e depressão, que estão afastando do trabalho muitos agentes.
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De acordo com o jornal O Globo, com dados do Núcleo Central de Psicologia (Nucepsi) da PM, só em 2016 foram realizados 20 mil atendimentos psicológicos para contingente de 2.296 pacientes. Desse total, 46% são da ativa, ressaltando que o serviço também atende inativos. Foram 1.398 pedidos de licença por problemas psicológicos concedidos.
Um policial afastado que não quis ter sua identidade revelada na reportagem do jornal O Globo, comentou os motivos que contribuíram para o afastamento dele.
“Perdi a conta de quantos colegas foram mortos em serviço e de quantas vezes fui desrespeitado. Numa blitz na Ilha do Governador, abordei educadamente um motorista que dirigia um carro com placa sem lacre. Era um desembargador. Nunca fui tão maltratado. Relutei em aceitar ajuda. Ouço piadas dos meus colegas até hoje, alguns pensam que armei essa situação para não trabalhar. O pior de tudo é saber que a sociedade não gosta de mim”, relatou.
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