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Todos os mecanismos para a injeção de moeda forte na economia venezuelana serão agora controlados pelo recém-lançado Centro Nacional de Comércio Exterior, disse Maduro em anúncio transmitido pela televisão. A principal agência de câmbio do governo venezuelano, conhecida como Cadivi, assim como o sistema de leilão complementar para a venda de dólares serão englobados pela novo centro de comércio.
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Há meses agentes do governo da Venezuela vêm indicando que uma plataforma adicional para a distribuição dos dólares estava sendo planejada. Provavelmente, a taxa câmbio venezuelana ficará ainda mais depreciada do que a oficial de 6,30 bolívares por dólar.
Maduro também anunciou uma nova força-tarefa nacional que vai investigar esquemas de especulação e acúmulo de produtos. "Nós vamos revisar todas a cadeia de fornecimento. Nós vamos checar todos os estoques do país", afirmou. Maduro disse que até os sites de venda que operam localmente, inclusive o Mercado Libre, seriam fiscalizados.
"A Venezuela tem os dólares necessários para o funcionamento de toda a economia", disse maduro. "Nós precisamos otimizar o uso de cada dólar."
Críticos do governo não ficaram impressionados com o anúncio da reorganização dos canais de entrada de recursos. "Me parece uma medida decorativa. Se serve para alguma coisa, é para dar a Maduro maior controle", disse o editor da Veneconomia, principal revista de negócios venezuelana, Robert Bottome.
Maduro culpa a "guerra econômica" e a corrupção pelos problemas da Venezuela, entre eles a inflação que se aproxima dos 50%. Ele acusa os opositores ideológicos do governo, inclusive EUA e a oposição política, de conspirarem para criar descontentamento e de roubarem as reservas internacionais do país.
Os detratores dizem que os gastos públicos ascendentes e a queda na produção de petróleo foram as causas para falta de dólares no país.
A Venezuela tem sofrido com a escassez de bens básicos, como óleo de cozinha e papel higiênico, por causa da carência de dólares na economia, muito baseada em importações. O país, rico em petróleo, vem tendo problemas com a falta de produtos nos mercados apesar do preço do barril venezuelano ultrapassar os US$100. O controle severo da entrada de moeda, instalado por Hugo Chávez em 2003 para prevenir a fuga de capitais, faz do governo o único caminho legal para a obtenção de recursos estrangeiros. Fonte: Dow Jones Newswires.