© Dado Ruvic/Reuters
Os altos investimentos realizados pelos times que lutam contra o rebaixamento no Campeonato Inglês não impediram a ocorrência de um fato inédito na janela de transferências do inverno europeu: pela primeira vez desde a criação desse período para transações, a elite do país mais vendeu do que comprou.
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O ineditismo foi confirmado por um estudo publicado nesta quarta-feira pela Deloitte, que apontou um superávit de 40 milhões de libras. Isso foi impulsionado por quatro vendas, sendo duas delas para o futebol chinês - a ida de Oscar do Chelsea para o Shanghai SIPG por cerca de 60 milhões de libras e de Odion Ighalo do Watford para o Changchun Yatai por cerca de 20 milhões de libras.
Além disso, ocorrerem outras duas vendas de peso: Dmitri Payet foi do West Ham para o Olympique de Marselha por 25 milhões de libras, mesmo valor que pode atingir a venda de Memphis Depay pelo Manchester United para o Lyon.
Os times que ocupam as últimas seis posições do Campeonato Inglês representaram quase metade dos gastos de 215 milhões de libras de todos os participantes do torneio na janela de transferências de janeiro. E a única transação que superou as 20 milhões de libras no país foi a ida do ex-palmeirense Gabriel Jeus para o Manchester City.
A análise feita pela Deloitte destaca o contraste com a janela do meio do ano, quando 60% dos gastos foram de equipes que agora estão entre os seis primeiros colocados. Os gastos dos clubes do Campeonato Inglês nessas duas janelas subiram 32% em comparação com a temporada anterior, atingindo quase 1,4 bilhão de libras - o valor mais alto do futebol mundial.
Hull, Sunderland, Crystal Palace, Swansea, Leicester e Middlesbrough estão separados por cinco pontos na tabela de classificação e coletivamente gastaram 110 milhões de libras em janeiro. O que pode ter influenciado tal gastos é por esta ser a primeira temporada do novo contratos pelo direitos de transmissão do Inglês, com o valor de 8,3 bilhões de libras em três temporadas.
"São os clubes na parte inferior da tabela que comandaram as despesas neste mês de janeiro, investindo em seus elencos na tentativa de garantir a sobrevivência", disse Dan Jones, da Deloitte. "Isso não é surpresa, dada as receitas geradas aos clubes pelos acordos de transmissão do Campeonato Inglês", acrescentou. Com informações do Estadão Conteúdo.