Pressão sobre nome de novo ministro do STF incomoda Temer

Presidente desistiu de participar, nesta quinta-feira (2), da abertura do ano legislativo, para a qual levaria mensagem ao Congresso Nacional

© reuters / Adriano Machado

Política Incômodo 02/02/17 POR Folhapress

Sob pressão de PSDB e PMDB para escolher um nome do mundo político para o STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Michel Temer desistiu nesta quinta-feira (2) de participar da abertura do ano legislativo, para a qual levaria mensagem ao Congresso Nacional.

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No lugar do presidente, irá ao Congresso Nacional o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Nas últimas semanas, o peemedebista tem se queixado da insistência de partidos da base aliada em emplacar nomes para a Suprema Corte.

Temer tem recebido ligações com indicações, mesmo sem pedir sugestões, e tem preferido se manter no Palácio do Planalto para evitar pedidos pessoais.

A intenção do peemedebista é definir neste final de semana um nome, para anunciá-lo na semana que vem, quando estiver definida a composição da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado Federal, que sabatinará o novo ministro.

O presidente já reconhece que, independentemente de quem escolher, acabará desagradando algum setor social. Ele tem ponderado, contudo, a necessidade de não se indispor nem com Poder Judiciário, sobretudo a Suprema Corte, nem com a opinião pública.

Por isso, se reunirá no final de semana com a presidente Cármen Lúcia e falará com os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Na lista de preferidos do presidente, figuram os nomes dos ministros Isabel Galotti, Luis Felipe Salomão e Rogério Schietti, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).O presidente está preocupado ainda com a possibilidade de retaliação da base aliada do Senado Federal. O PMDB, que presidirá a CCJ, tem defendido que o presidente indique um nome com trânsito no universo político.

O receio do presidente é que, caso escolha um perfil técnico e apartidário, ele seja colocado em banho-maria, demorando para ser chancelado e causando um desgaste político.

Para evitar o cenário adverso, o presidente ordenou à equipe presidencial que o governo federal não se envolva diretamente na disputa pela presidência, evitando criar mágoas que possam ser refletidas na sabatina do escolhido para a Suprema Corte.

Nas palavras de um auxiliar presidencial, o governo federal não pode "deixar suas digitais no processo", uma vez que "qualquer movimento errado pode interferir na sabatina". Hoje, o posto é disputado por três senadores do PMDB: Edson Lobão (MA), Raimundo Lira (PB) e Eduardo Braga (AM).

Nos bastidores, o nome favorito do Palácio do Planalto é o de Raimundo Lira, que foi presidente da comissão especial do impeachment que sugeriu o afastamento do cargo da ex-presidente Dilma Rousseff. Com informações da Folhapress.

Leia também: Seis candidatos disputam presidência da Câmara nesta quinta-feira

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