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O empresário, que seria ouvido pela comissão desta quinta-feira, 7, foi à Câmara mas, segundo o advogado da multinacional, passou mal e foi embora. O vereador Adilson Amadeu (PTB), membro da comissão, chamou o empresário de "fujão".
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"Ele teve um mal-estar, teve uma queda de pressão, começou a suar frio. Eu sugeri a ele que não se apresentasse. A responsabilidade é minha, como advogado. É interesse que ele esteja em condição de prestar depoimento de forma autônoma, sem nenhum tipo de prejuízo", afirmou Pedro Estevam Serrano, advogado da Alstom.
Costa foi convocado para depor na comissão depois de a presidência da CPI ter derrubado uma liminar obtida pela Alstom na Justiça que a desobrigava de se apresentar ao colegiado de vereadores. A liminar caiu depois de o Tribunal de Justiça de São Paulo ter acolhido um recurso apresentado pelo presidente da CPI, vereador Paulo Fiorilo (PT).
Segundo a relatora, Silvia Meirelles, a manutenção da liminar faria com que a CPI adotasse uma linha incoerente de investigação, pois já foram ouvidos representantes de outras empresas que participaram de licitações junto com a Alstom.
Antes de anunciar uma pausa para reestruturar a agenda da sessão, Fiorilo disse que os membros comissão se frustraram com a ausência do presidente da Alstom. Para Amadeu, a multinacional não está colaborando com nada desde a obtenção da liminar para não comparecer à CPI.
A necessidade de ouvir o presidente da multinacional francesa foi reforçada, segundo integrantes da CPI, após o jornal O Estado de S. Paulo ter publicado reportagem sobre um e-mail enviado em 2004 pelo então presidente da Alstom, José Luiz Alquéres, a dirigentes da multinacional no qual "recomendava enfaticamente" os serviços do consultor Arthur Teixeira, apontado pelo Ministério Público como lobista e pagador de propinas a servidores de estatais do setor metroferroviário. No e-mail, Alquéres fala ainda em "amigos políticos" no governo de São Paulo.
A CPI dos Transportes foi instalada na Câmara após os protestos contra o reajuste do preço da tarifa de ônibus e do Metrô. Controlada pelo PT, a comissão passou a investigar também as suspeitas de cartel e propinas envolvendo o governo paulista, comandado pelos adversários do PSDB.