© Divulgação / Corinthians
Camacho surgiu no Flamengo, em 2008, como uma jóia. Ainda muito novo, o jogador era apontado no clube carioca como um potencial dono da "sagrada" camisa 10 rubro-negra. Mas as coisas não aconteceram como o esperado. O atleta não conseguiu desenvolver o futebol mostrado na base e viveu um início de carreira entre empréstimos para times de menor expressão e lesões.
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Mas há um ano, a carreira de Camacho ganhou uma nova perspectiva. O jogador foi um dos destaques do Audax sensação do Paulistão 2016 e acabou sendo contratado pelo Corinthians, que vê o jogador como uma grande aposta para a temporada deste ano.
Em entrevista exclusiva ao Notícias ao Minuto Brasil, Camacho, que hoje está com 26 anos, falou dessa nova fase e dos seus próximos objetivos profissionais, sendo o mais ousado a seleção brasileira.
NM: Você acha que não recebeu as oportunidades que merecia no Flamengo? O que faltou lá naquele início? Sente alguma mágoa do Flamengo?
Camacho: Não sinto mágoas do Flamengo. O Flamengo me deu tudo que eu tenho na vida e tenho muita gratidão por todo mundo que passou por lá. Acontece que lá eu precisei de experiência (quando subiu para os profissionais). Eu tive bastante oportunidade no clube sim, mas não soube aproveitar da melhor maneira.
Você chegou a desanimar em algum momento da sua carreira?
Desanimar não, mas passei por momentos difíceis na carreira. Em 2012 eu tive algumas lesões seguidas e não consegui desenvolver o meu futebol. E além disso, tive o problema com meu irmão (Leonardo Camacho foi baleado na coluna por um policial militar no dia 7 de julho de 2012, após uma briga, no RJ). Então o período entre 2012 e 2013 foi complicado para mim.
O que falar do Audax de 2016?
Não foi uma equipe que aconteceu de uma hora para outra, porque a base do time, todo mundo que jogou de titular ali, estava com a gente desde 2014. Mas no ano passado as coisas aconteceram porque coincidiu de todo mundo estar no momento certo da carreira. Mas infelizmente não conseguimos o título (o time perdeu para o Santos na final).
Como foi a sua chegada no Corinthians? Foi diferente?
Quando você chega num clube como o Corinthians, é diferente. Mas todo mundo aqui me recebeu muito bem no ano passado, quando eu cheguei. Para mim foi uma grande mudança, mas estou melhor.
Você chegou ao Corinthians no meio da temporada, mas agora está começando o ano do zero, fazendo pré-temporada com o elenco. Muda algo?
Ano passado a situação estava um pouco tensa por causa do ano que a gente estava vivendo. Mas agora o clima está mais leve. Estamos todos unidos para fazer um grande ano. Esse ano tem tudo pra ser melhor do que o ano passado. O elenco está unido. Vamos fazer uma boa temporada.
Você está pronto para ser titular?
Sim, comecei bem a temporada. joguei três jogos, fiz o primeiro gol do time no ano. Já contra a Ferroviária, entrei no segundo tempo e agradei. Estou preparado (para ser titular). A briga vai ser grande e todo mundo quer um lugar ao Sol. E tenho que agradar quando o professor decidir por mim.
Vai seguir na função do “falso camisa 10”, chegando mais na frente?
Estou buscando chegar mais perto da área para fazer mais gols. Todo jogo o pensamento é esse: fazer gols.
A seleção brasileira está nos seus planos?
Se fosse falar de seleção há três anos, não estaria nos meus planos. Tenho que ser realista. Mas hoje em dia eu sonho com a seleção sim, ainda mais estando no Corinthians. Então só depende de mim. Tenho que aproveitar as oportunidades nessa temporada.
Ainda leva alguma amizade dos tempos de Flamengo?
Levo amizades para o resto da vida, como a do Marcelo Carné (goleiro), Fabrício e Bruno Paulo...