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Segundo alguns cientistas, a fusão da cobertura de gelo do Ártico terá impacto sobre o clima das regiões situadas a milhares de quilômetros e poderá causar "super-invernos" em todo o mundo. O menos que se poderá dizer é que neste ano o inverno está sendo especialmente rigoroso e austero na Europa: as temperaturas negativas batem todos os recordes no continente.
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Já há vários anos que o cientista Andrey Proshutinsky da instituição oceanográfica de Woods Hole (EUA) estuda o processo de acumulação da água doce no Ártico provocada pela fusão maciça da cobertura glacial ártica.
Segundo ele, este processo não pode durar eternamente. Cedo ou tarde a água doce se precipitará sobre a Corrente do Golfo no oceano Atlântico, a corrente que "reaquece" a América do Norte, a Europa e parte da Rússia.
Assim, gradualmente, a Corrente do Golfo será perturbada, fazendo com que os continentes vizinhos sofram consequências negativas disso, nomeadamente invernos particularmente frios e rigorosos, semelhantes aos aquele que foram observados nos anos sessenta.
Por enquanto, segundo precisou o pesquisador, é ainda demasiado cedo para fazer previsões sobre possíveis alterações climáticas devido à falta de todos os dados necessários. Entretanto, todos os climatologistas estão afirmando que a cada ano os fenômenos climáticos se tornam cada vez mais extremos. "Anomalia é a nova normalidade", concluem os analistas.
Os 10 próximos invernos serão invulgares em termos de desvio em relação à norma, reconhecem todos os especialistas. Por consequência, o termo “inabitual” perderá seu sentido. Com informações do Sputnik News Brasil.
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