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O Uber virou alvo de uma campanha de boicote nos Estados Unidos, após o CEO da empresa, Travis Kalanick, ter declarado apoiar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após usuários do Twitter e do Facebook espalharem hashtags como #BoycottUber e #DeleteUber, 200 mil pessoas abandonaram o aplicativo.
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De acordo com a revista Super Interessante, Kalanick aceitou um convite de Trump para participar de um conselho de assessores econômicos da Casa Branca. “Desde a fundação do Uber nós precisamos trabalhar com governos e políticos de várias orientações em dezenas de países", afirmou o empresário em seu blog.
A declaração causou revolta entre americanos contrários as medidas anti-imigração anunciadas por Trump na última semana. Os protestos ficaram ainda mais intensos após uma manifestação contra o presidente dos EUA, ocorrida no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, no dia 28 de janeiro. O ato protestava contra medidas de Trump de restrição a entrada de imigrantes e refugiados no país.
Enquanto taxistas apoiaram o protesto, e anunciaram uma paralisação de uma hora, o Uber informou que as viagens iriam demorar mais devido ao aumento da demanda e afirmou que a empresa não cobraria sobretaxas para o serviço.
Diante da polêmica, Kalanick declarou na última quinta (2), que iria desistir da sua posição de conselheiro de Trump. “Há muitas maneiras de lutar por mudanças nos decretos de imigração, e minha presença no conselho ficaria no caminho disso”, afirmou o CEO.
Ainda de acordo com a reportagem, a declaração veio acompanhada do anúncio da criação de um fundo de 3 milhões de dólares para auxiliar imigrantes e refugiados que dirigem para o Uber.
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