Com trajetória polêmica, Moraes pode ficar no STF até 2043

Ministro da Justiça, indicado a vaga no STF, é alvo de críticas de juristas

© Ueslei Marcelino / Reuters

Política Supremo 07/02/17 POR Notícias Ao Minuto

Caso passe na sabatina do Senado, o ministro Alexandre de Moraes pode ficar no Supremo Tribunal Federal (STF) até 2043.

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Aos 49 anos, Moraes pode passar 26 como ministro da Corte se as regras compulsórias de aposentadoria não mudarem e a idade limite permanecer a atual, de acordo com estimativa do site Justificando. Atualmente, o cargo de ministro do Supremo é vitalício. Sua nomeação, na segunda-feira (6), recebeu críticas da oposição e elogios de aliados do governo de Michel Temer.

A trajetória do ministro é marcada por diversas polêmicas. Sua atuação durante a crise penitenciária, que deixou ao menos 90 pessoas mortas em janeiro deste ano, foi criticada diversas entidades de direitos humanos. O ministério também fez pagamentos irregulares a policiais da Rio-2016 em meio à gestão de Moraes. O ministro foi questionado ainda sobre seu posicionamento a respeito do combate ao terrorismo antes dos Jogos, na Operação Hashtag.

Em julho do ano passado, o ministro foi filmado cortando pés de maconha no Paraguai. Moraes já manifestou, inclusive, interesse em erradicar o comércio e uso planta em "todo o país".

Em setembro do ano passado, o ministro atraiu holofotes para si mesmo também ao comentar andamento da Operação Lava Jato em evento de campanha em Ribeirão Preto (SP). Moraes antecipou a prisão do ex-ministro Antônio Palocci e gerou desconforto no Planalto.

Ex-secretário de Segurança de São Paulo, Moraes estava sob comando da pasta quando houve a maior chacina do Estado nos últimos anos. Em agosto do ano passado, 19 pessoas foram mortas e outras cinco ficaram feridas em Osasco e Barueri. Investigações iniciais apontam que sete policiais e guardas-civis teriam se organizado para vingar a morte de um colega da corporação.

Além disso, o ministro é filiado ao PSDB. Ele teria prometido se declarar "impedido" de julgar tucanos como o ministro José Serra, o senador Aécio Neves e Geraldo Alckmin, todos citados na Lava Jato.

LEIA TAMBÉM: Com saída de Moraes, PMDB e PSDB disputam ministério da Justiça

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