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O agressor do Museu do Louvre, que foi acusado pelas autoridades francesas de tentativa de terrorismo, afirmou que queria "apenas pichar" algumas obras de arte para protestar contra os bombardeios na Síria.
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O egípcio Abdallah El-Hamahmy, de 29 anos, foi preso na sexta-feira passada (3) ao tentar entrar no Carrousel du Louvre com duas mochilas e dois facões. Ao ser impedido pela polícia, ele reagiu, feriu os agentes militares e gritou "Allah Akbar", expressão em árabe que virou jargão de extremistas islâmicos.
As autoridades da França consideraram o caso como uma tentativa de terrorismo. O agressor ficou internado e passou por uma cirurgia no abdômen, porque foi baleado, mas já está prestando depoimento.
O egípcio disse ser um "pacifista" que queria apenas danificar algumas telas do museu com spray de tinta para protestar contra os bombardeios da coalizão internacional, da qual a França participa, contra a Síria, palco de uma guerra civil entre governo, grupos rebeldes e organizações terroristas.
No dia 29 de janeiro, ele teria, inclusive, feito uma inspeção no museu para avaliar a possibilidade dos danos. Agora, os investigadores apuram se as declarações seriam verdadeiras ou se ele teria recebido apoio de comparsas em outros países da Europa.
De acordo com a emissora de televisão BFM, o egípcio enviou dinheiro em efetivo, através da agência Western Union, a outro país da UE. A primeira remessa foi de dois mil euros para um destinatário desconhecido em 31 de janeiro, pouco antes do ataque. Em 1 de fevereiro, houve outro envio de três mil euros.
A França está em alerta máximo de segurança desde os atentados de Paris, em novembro de 2015. O país já foi palco também de outros ataques, como o massacre contra o jornal "Charlie Hebdo" e o atropelamento em Nice. (ANSA)
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