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A reestruturação do museu "Haus der Kunst", a casa de arte construída por Adolf Hitler em 1937, está repleta de polêmica em Munique.
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O plano, desenhado pelo pretigiado arquiteto britânico David Chipperfield, visa restaurar especialmente a fachada realizada pelos arquitetos nazistas. Teme-se que essa mudança pode transformar em um involuntário, porém, perigoso ato de propaganda para Hitler.
Chipperfield pretende liberar a fachada - que possui 175 metros de largura e enormes colunas - derrubando uma fileira de árvores que obstrui a visão. Assim, o edifício recuperaria a sintuosa perspectiva que, segundo os críticos, o próprio Hitler havia desejado há 80 anos, quando a primeira estrutura foi inaugurada.
Esta hipótese causou a revolta de diversos políticos em Munique. "Nós rejeitamos todo tipo de intervenção que transforme em maravilha um edifício nazista", disse o deputado do Partido Verde, Sepp Duerr.
Em uma tentativa de desviar as críticas, Chipperfield ressaltou que seus projetos não incluem apenas à frente do local, mas prevê uma restauração no interior da propriedade, com uma otimização de espaços, saídas de emergência, iluminação e sistemas de aquecimento. "Resumindo, é uma obra de restauração", disse ele.
De acordo com o arquiteto, a remoção das árvores não tem como objetivo revalorizar a grandiosidade da fachada, mas sim libertar a vista do parque Englischer Garten. No entanto, os parlamentares não estão convencidos e a polêmica continuará. (ANSA)