A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) divulgou no fim da noite desta quinta-feira (9) um vídeo se posicionando contra rumores de uma suposta paralisação da corporação nesta sexta-feira (10), semelhante a que ocorre no vizinho Espírito Santo, onde foi desencadeada uma onda de violência que já soma mais de 113 mortes.
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O porta-voz da mensagem foi o major Blaz, que pediu aos familiares de agentes da PM que não os impeçam de trabalhar nas próximas horas. (assista acima)
“Sabemos que a nossa situação é difícil e complexa, mas não podemos de forma alguma permitir que esse cenário de barbárie chegue as nossas casas e as nossas famílias. Todos estão percebendo o clamor público para que continuemos atuante. Senhores, isso mostra a nossa importância. Mas impedir que o policiamento ganhe as ruas é lançar a própria sorte. Não só a sociedade como um todo, mas os nossos familiares. Por favor, não impeçam a saída do policiamento”, disse o militar.
Na cidade de Volta Redonda, no sul do estado, familiares de policiais começaram a ocupar o 28º Batalhão da PM com cartazes, cobrando pagamento de auxílio invalidez e adicional noturno, além de outros benefícios.
Vale ressaltar que grande parte dos servidores do estado do Rio, incluindo os da Segurança, não recebeu o 13º salário. Muitos também reclamam do não pagamento do RAS Olímpico. A inteligência da PM e o do Exército estão monitorando grupos de familiares de PMs nas redes sociais a fim de evitar conflitos e paralisações.
O perfil oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro no Twitter mostra policiais nas ruas na primeira hora desta sexta-feira (10), com o intuito de informar que há "segurança" nas ruas.
Bom dia, Niterói! Enquanto você dorme, nossos policiais do #12BPM zelam pela sua segurança. ValorizeQuemTeProtege pic.twitter.com/7xRPBAh7Kr
— PMERJ (@PMERJ) February 10, 2017
Policiais militares do #25BPM em mais um dia de serviço, servindo e protegendo a população de São Pedro da Aldeira.#ValorizeQuemTeProtege pic.twitter.com/rVtFq5uF3H
— PMERJ (@PMERJ) February 10, 2017
Mas apesar do pedido oficial da PMERJ, familiares de agentes estão se movimentando para impedir a saída dos militares dos batalhões. Por ora, a segurança no estado do Rio segue, mais do que nunca, duvidosa.
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