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Pouco mais de uma semana após ter dito que o futuro da União Europeia pode estar na adoção de "velocidades" de integração diferentes, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (9) que a mesma ideia não vale para a zona do euro.
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Segundo a chefe de governo, houve um "equívoco" nos últimos dias em relação a suas declarações, que muitos interpretaram como a possibilidade de reverter a adoção da moeda comum. "A zona do euro deve permanecer unida em sua totalidade. Aquilo que é decidido por todos os Estados da eurozona deve ser mantido", declarou Merkel, após um encontro com o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi.
Três dias antes, o italiano já havia saído em defesa da moeda e dito que ela é "irreversível". A proposta de uma UE com velocidades de integração diferentes seria uma forma de combater o crescente sentimento eurocético dentro do bloco e evitar que a saída do Reino Unido contagie outros países.
"Não pode acontecer de três decidirem alguma coisa, e os outros não participarem. Se um país diz que não quer participar de algum passo da integração, como a Dinamarca na questão da política de justiça, deve ser possível", explicou a chanceler da Alemanha.
A ideia de uma União Europeia a "duas velocidades" foi lançada por Merkel na última sexta-feira (3), durante uma cúpula informal em Malta e às vésperas do aniversário de 60 anos dos Tratados de Roma, que fundaram a Comunidade Europeia. A ocasião será celebrada em 25 de março, quando a capital italiana receberá os líderes da UE. (ANSA)