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Os felinos estão conquistando os lares brasileiros. Segundo levantamento do IBGE em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) já são mais de 22 milhões de gatos que vivem como animais de estimação no Brasil. Preocupada com a saúde e o bem-estar desses bichanos, a Farmina Pet Foods, empresa de origem italiana especializada no desenvolvimento de soluções nutricionais que respeitam a natureza alimentar de cães e gatos, esclarece os principais pontos sobre a alimentação de felinos.
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Carnívoros, sim!
Caçadores natos, os felinos são animais estritamente carnívoros. Eles não possuem a amilase salivar, enzima responsável pela quebra de açúcares, e por isso esses pets têm dificuldade em digerir carboidratos. Por isso, alimentos com alto teor de proteínas e lipídios e baixo teor de carboidratos são a dieta mais indicada aos gatos.
Dieta felina x dieta canina
Apesar de os cães também serem classificados como carnívoros, há diferenças nutricionais entre a dieta das duas espécies. O gato necessita de uma quantidade proteica 40% maior que a do cão para uma alimentação completa. Além disso, o sistema digestivo felino está sempre ativo para lidar com altas doses de proteína, digerindo-as e transformando os aminoácidos em energia. Diferentemente dos gatos, os cães são carnívoros oportunistas, o que significa que, se necessário, podem completar sua dieta com frutas, vegetais e grãos em pequenas porções. Por isso, não é recomendável oferecer rações de cães aos gatos e vice-versa. Cada animal deve ter as suas particularidades nutricionais respeitadas.
Gatos precisam de...
Proteína. A própria natureza do gato já mostra que ele não está preparado para comer grãos ou carboidratos. Seus 30 dentes molares – 12 a menos que os cães - comprovam sua maior necessidade de consumir proteína, principalmente as de origem animal, uma vez que não conseguem digerir as proteínas de origem vegetal. Outro fator importante é a capacidade de armazenamento. ”Os bichanos não armazenam as proteínas excedentes para mais tarde, como os humanos ou os cães fazem. Por esse motivo, todos os dias eles precisam contar com uma alimentação completa”, explica Patrícia Padovez, médica veterinária e coordenadora técnica da Farmina Pet Foods.
Taurina e arginina. Os felinos precisam ingerir dois aminoácidos obrigatoriamente pois não conseguem “fabricá-los” através do metabolismo de proteínas: a Arginina e a Taurina. Esses dois nutrientes são encontrados em níveis altos somente na proteína de origem animal. Esse fato confirma que durante a evolução dos felinos, seu metabolismo não foi “obrigado” a se adaptar à falta desses nutrientes (como ocorreu nos cães), por isso os gatos não podem deixar de ingerir esses dois aminoácidos em hipótese alguma.
Menos porções e mais refeições
Comer menos e mais vezes é outra característica típica dos gatos. Esse hábito se dá devido aos aspectos anatômicos do animal: a conformação dos dentes e maxilar, o pequeno diâmetro estomacal e sua menor capacidade de distensão. Dessa forma, os gatos costumam fazer de 10 a 20 refeições diárias, e não duas ou três, como os cães.
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