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Uma empresa de um investigado da Operação Lava Jato recebeu R$ 17,6 milhões da União entre 2015 e 2016. A RT Serviços Especializados, que pertence a Julio Cesar Oliveira Silva, teria sido contratada para desenvolver sistemas tecnológicos contra fraudes eletrônicas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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Em 2015, a empresa de Silva firmou contrato de R$ 12,6 milhões com os ministérios da Saúde e do Esporte, além da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A companhia teria sido selecionada após concorrência. No ano seguinte, o dinheiro repassado a empresa chegou a R$ 5 milhões, segundo dados do Portal da Transparência.
Julio Silva passou quatro dias detido, em setembro do ano passado, suspeito de operar propinas de um projeto da empreiteira Mendes Júnior na Petrobras. Ainda de acordo com o jornal, ele seria ligado ao ex-ministro José Dirceu. A esposa de Silva seria funcionária comissionada do petista, que está hoje preso no Paraná.
Silva trabalhou também como dirigente da Isolux, empresa que atuava em parceria com a Mendes Júnior e com a OSX, de Eike Batista, na construção de plataformas de petróleo.
A defesa de Julio Silva alega que a RT Serviços é uma companhia de comercialização de tecnologia "com funcionamento regular e na forma da lei", mas não respondeu às perguntas sobre as suspeitas relacionadas à Lava Jato. Já os órgãos públicos informaram que os contratos com a empresa estão inativos.
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