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Ainda há muita lama no reservatório da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), um ano e três meses após o desastre ambiental decorrente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Em acordo, a Samarco cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, se comprometeu a retirar até dezembro de 2016 toda a lama da região próximas às comportas.O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no entanto, informa que apenas parte do rejeito foi retirado.
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Após o rompimento da barragem, em novembro de 2015, a hidrelétrica foi tomada pelo rejeito de minério. No paredão da barragem, foram retidos 1,6 milhões de m³ de lama.
Uma fiscalização do Ibama, feita há um mês, constatou que a Samarcou retirou 604 mil m³ de rejeitos. Mais da metade da lama que vazou após o desastre ambiental continua nas margens dos rios. Durante as chuvas, o rejeito continua sendo trazido ao reservatório da hidrelétrica.
Desde o ano passado a mineradora vêm construindo barreiras para segurar os rejeitos transportados na água do rio. As construções deveriam ter ficado prontas até o fim do ano passado, porém ainda estão em obra. A Samarco declarou que a causa dos atrasos foram as chuvas e disse que o prazo foi negociado com o Ibama.
De acordo com o G1, a Samarco já foi multada em R$ 1 milhão. Além deste valor, a empresa terá que pagar mais R$ 50 mil a cada dia pelo não cumprimento do acordo assinado com o Ministério Público e os governos de Minas e do Espírito Santo.
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