© Medgrupo/Reprodução
Estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Heloísa Cohim denuncia o Medgrupo, cursinho para alunos de medicina, de adotar conteúdo machista em materiais distribuídos em 123 filiais do país. O foco da polêmica é a apostila "MED 2013: Síndromes de Transmissão Sexual".
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Uma postagem de Heloísa, nas redes sociais, explica: "Comecei a utilizar alguns módulos do Medgrupo cedidos por colegas já residentes para estudar os conteúdos. No entanto, tive o desprazer de ser exposta a casos clínicos com comentários machistas e ilustrações que expõem o corpo feminino de maneira vulgar".
Na imagem, a doença vaginosa bacteriana é apresentada com o desenho de uma mulher seminua, com peixes em cima do corpo. Ao lado dela, um homem tapa o nariz com hashis, os palitos usados como tralheres na gastronomia oriental. Um médico teria ficado "tão enjoado" que o diagnóstico seria evidente. "Em outra narrativa, o cheiro de 'peixe podre' faria com que a mulher não conseguisse 'segurar namorado'", exemplifica.
Heloísa Choim não se limitou ao post. Em e-mail enviado ao Medgrupo, conforme a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, repetiu a denuncia e completou: "a última frase do caso relata que um dos testes necessários para o diagnóstico não foi realizado, porque o médico ficou 'tão enjoado' que o diagnóstico era evidente".
A resposta do Medgrupo foi confirmar a autoria do material e informar que é "contra a agenda do politicamente correto".
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