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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na manhã deste domingo (19) que a diminuição da varrição na cidade tem relação com a queda na produção de lixo motivada pela crise econômica.
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Reportagem da Folha de S.Paulo deste domingo revelou que embora tenha feito da roupa de gari sua principal marca no início de governo, a gestão varreu menos as ruas da cidade durante o mês de janeiro na comparação com o governo de seu antecessor, Fernando Haddad (PT).
"A produção de renda caiu e onde você tem queda na produção de renda, você tem queda na produção de lixo", disse o prefeito.
Ele afirmou considerar que a reportagem não é equivocada, mas incompleta".Segundo dados inéditos da própria gestão obtidas pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação, a quantidade de toneladas varridas em janeiro caiu 3,4% em relação a janeiro de 2016 -de 8.000 toneladas para 7.732.
"Com o declínio da situação econômica você usa menos menos carro, consome menos combustível, gasta menos produtos e alimentos na tua casa e vice tem uma redução proporcional de lixo na cidade", afirmou.
O prefeito negou haver relação da redução da varrição motivada por cortes nos gastos com serviços na cidade. "Não houve nenhuma diminuição na limpeza. Houve mais eficiência no processo de limpeza com as empresas que estão atuando. Seremos ainda muito duros para reduzir as despesas e melhorar a eficiência ".
O programa de limpeza implementado por Doria, o Cidade Linda, é aprovado por 59% da população, de acordo com o Datafolha. Neste domingo, Doria esteve em Pirituba (zona norte) para outro programa de zeladoria, o Calçada Nova. Inspirada nos mutirões de calçadas dos anos 1980 quando o prefeito era Mário Covas, a iniciativa prevê conserto de passeios, guias e sarjetas.
MESTRE DE OBRASDesta vez, Doria chegou ao local vestido com jeans, sapatênis brancos e uma camiseta da mesma cor com inscrições "Calçada Nova e Mutirão Mário Covas". Não usou a mesma roupa dos funcionários responsáveis pela conservação de vias, com quem fez selfies.
Mas colocou um capacete e vestiu um par de luvas para ajudar. Com o uso de uma enxada e de uma régua de madeira para alinhar o piso, fez junto com os operários e secretários o calçamento em frente ao parque Rodrigo de Gásperi.
Antes disso, pegou pedras pesadas e colocou dentro de carriolas usadas em obras para, em seguida, "pilotar" o carrinho cheio. Finalizou serviço sob aplausos fazendo um desenho no concreto ainda mole. Fez um coração com as inscrições "Viva SP". Com informações da Folhapress.
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