Bloco pede fim da exploração sexual de crianças e adolescentes

O grupo saiu em desfile às 11h, da Praça do Patriarca, até o coreto da Praça Antônio Prado

© Reprodução

Brasil carnaval 22/02/17 POR Notícias ao Minuto

O grito de carnaval contra a exploração sexual de crianças e adolescentes reuniu hoje (22) mais de 300 pessoas no centro da capital paulista. Participaram do bloco, organizado pela prefeitura, crianças e adolescentes integrantes da rede socioassistencial da cidade. O grupo saiu em desfile às 11h, da Praça do Patriarca, até o coreto da Praça Antônio Prado.

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Soninha Francine, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, explica que os riscos de exploração aumentam durante o carnaval, já que há mais pessoas alcoolizadas e drogadas pelas ruas. “Tem uma permissividade maior entre os adultos.”

“A gente tem que fazer barulho para lembrar os adultos que as crianças precisam de proteção. Do ponto de vista das crianças, [o objetivo] é empoderá-las para dizer: meu corpo é meu. É saber que elas têm que dizer não e sair correndo para pedir ajuda,” disse Soninha. 

Os jovens que participaram do bloco de carnaval vieram de entidades parceiras da prefeitura que atuam no fortalecimento de vínculos comunitários e familiares entre os turnos das escolas. Denise Souza Rosa Bezerra é assistente técnica na ONG Social Bom Jesus, que trabalha com 90 crianças e adolescentes na região do Parque Santo Antônio, onde o índice de vulnerabilidade social é alto.

Ela conta que é importante levar orientação aos menores, sobretudo por causa do ambiente desfavorável da comunidade. “No carnaval, existe muita exploração. Trazendo as crianças para cá vai despertar nelas o interesse de se privar destas coisas e também comunicar se acontecer algo”, disse.

Sabrina Nascimento, de 13 anos, mostrou que está esclarecida sobre o assunto. “A minha mãe e as professoras me deram a orientação de que sempre tem que andar atenta na rua, olhar para os lados, não falar com estranhos. Dentro de casa, tem que se prevenir também,” alertou.

Lais dos Santos Rodrigues, de 13 anos, foi orientada dentro de casa. “A minha mãe fala para tomar cuidados, pois, com o nosso corpo desenvolvendo, a gente pode atrair coisas ruins”, disse.

O grito de carnaval terminou com o lançamento da Campanha Nacional contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Carnaval 2017. Casos de violações contra crianças e adolescentes devem ser denunciados pelo Disque 100 ou por meio de conselhos tutelares. Com informações da Agência Brasil.

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