© Antonio Cruz / Agência Brasil
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral utilizou os helicópteros do Estado para fazer 1.481 voos para Mangaratiba, onde tem uma casa de veraneio, no período de sete anos. Somente em janeiro e fevereiro de 2015, ele pagou, com dinheiro de propina, segundo o Ministério Público Federal, R$ 13.500 em cada "perna".
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Tomando como base esse valor e levando em consideração a quantidade de voos realizados nos helicópteros, o ex-governador teria gasto R$ 20 milhões se optasse por pagar as viagens do próprio bolso.
As informações com os valores dos voos constam em planilha entre à Procuradoria pelo responsável por alugar aeronaves para Cabral, o empresário Pierre Cantelmo.
De acordo com ele, os serviços eram pagos em dinheiro vivo ou depósito bancário. O dinheiro vinha do "caixa" mantido pelos doleiros Renato e Marcelo Chebar, que firmaram delação premiada e contaram que geriam parte da propina arrecadada.De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a lista de pousos e decolagens feitos na gestão Cabral produzida pela Subsecretaria Militar não apresenta nomes dos tripulantes.
Cabral admitiu que, em muitos casos, aeronaves oficiais eram usadas para transportar familiares sem a sua companhia. A lista, contudo, mostra a mobilização de várias aeronaves num mesmo dia realizando o mesmo trajeto.
O ex-governador é alvo de uma ação popular que aponta possível uso abusivo das aeronaves do governo para fins particulares.
Em depoimento à Justiça estadual, o peemedebista afirmou que utilizava as aeronaves por orientação da Subsecretaria Militar, que apontava possíveis ameaças ao ex-governador e sua família.
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