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Cada vez mais mulheres têm arriscado fumar maconha durante a gravidez para fugir de alguns desconfortos típicos dessa fase, como os enjoos e dores. No entanto, a prática ainda é pouco estudada no meio científico e traz riscos.
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Uma reportagem do jornal 'The New York Times' entrevistou centenas de mulheres que fumaram a erva enquanto estava grávidas. Cerca de metade delas disse ter usado por motivos médicos, e a maioria afirmou que o consumo não prejudicou os filhos.
Porém, um estudo publicado no New England Journal of Medicine em 1988 aponta que a cannabis pode diminuir a capacidade do sangue de transportar oxigênio, o que, em teoria, poderia afetar a criança.
Aos 50 anos, Diana Donath fumou duas gestações quando era adolescente. "Realmente não me importo com o que pensam. Tenho 50 anos e meus dois filhos têm nível superior", disse ela. À época, ela contou aos médicos que fumava, e ele disse que que não poderia orientá-la sobre o assunto.
A dona de casa Tycia, de 24 anos, evitou fumar durante o primeiro trimestre da gravidez. Ela faz uso da maconha para tratar a dor de uma lesão na coluna e para enjoos. . "Ela estava crescendo, e eu continuava enjoada, praticamente incapaz de comer qualquer coisa. Tentava, mas não conseguia", conta. Ela conta que sua filha, Lillith, é normal. "Maconha é natural e quase todo mundo que conheço fuma ou usa de alguma forma. Então, acho que não tem problema".
A assistente social Claire, de 32 anos, chegou a encontrar um estudo feito na Jamaica que dizia que bebês expostos no útero ao THC – principal ingrediente psicoativo da maconha – eram mais alertas e eram mais predispostas de se regular aos 30 dias de idade do que aqueles cujas mães não haviam consumido a erva.
"Meu círculo social é basicamente de profissionais no estilo hippie e de esquerda e a maconha é a única coisa que usamos. Ninguém bebe ou fuma tabaco na gravidez. São muito cuidadosas", disse Claire, que tem dois filhos.