O esforço e dedicação de quem carrega os bonecos gigantes de Olinda

“Dançar com o boneco tem que ter muito equilíbrio e força de vontade", disse um carregador

© Ueslei Marcelino/Reuters

Cultura equilíbrio 28/02/17 POR Notícias ao Minuto

Todos os anos, no carnaval, Kleber da Silva, de 32 anos, deixa de equilibrar caixas e vai equilibrar o boneco que abre o Encontro dos Bonecos Gigantes de Olinda (PE), realizado hoje (28). Durante o festejo, ele não se apresenta como estoquista, seu trabalho regular. Nas ladeiras carnavalescas da cidade histórica ele se veste com seu melhor uniforme e vira o “bonequeiro”, o homem por baixo do gigante.

PUB

Sem esses profissionais, o boneco fica sem vida, uma estátua sorridente como uma lembrança de outros carnavais. Ao colocar o gigante na cabeça, o personagem toma o espaço, ganha a altura de 3 a 4 metros, rodando seus braços livres e dançando com a multidão. O trabalho, segundo Kleber, exige talento e dedicação. “Dançar com o boneco tem que ter muito equilíbrio e força de vontade. Porque botar na cabeça não é todos, não. Tem que ser bom. Precisa de segurança e gostar mesmo do coração”, ensina.

O olindense, morador no bairro de Guadalupe, começou a lida de bonequeiro ainda criança. Há 25 anos que lida com esses personagens. Posteriormente, foi trabalhar com Sílvio Botelho, artista plástico que organiza o encontro e construiu muitos dos ícones dos bonecos gigantes, como o Menino da Tarde. Ele faz dupla com o leiturista José Nelson de Assis dos Santos, de 28 anos.

"Ambos levam o boneco homenageado do encontro, a cada ano. Nesta edição é o Palhaço Chocolate. No desfile do último domingo, o leiturista apoiou o colega como guia, por causa do campo de visão limitado. “Quando estou do lado de fora, fico pegando água, dando resistência, guiando, abanando por causa do calor”, segundo Nelson.

E haja resistência. Em duas a três horas de trajeto, os 15 quilos do início do trajeto se transformam em 30/50 quilos, segundo a dupla. Apesar disso, os bonequeiros consideram uma honra realizar a proeza. “Não tem como explicar o que eu sinto”, diz Kleber. O trabalho é sério, mas não precisa ser chato. É o que ensina o estoquista bonequeiro abre alas do Encontro dos Bonecos Gigantes de Olinda: “Eu levo na diversão”, ri, antes de sair dançando ladeira abaixo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Cazaquistão Há 18 Horas

Avião com 72 pessoas a bordo cai no Cazaquistão; há sobreviventes

fama Justiça Há 13 Horas

Ex-bailarina do Faustão tem habeas corpus negado e vai passar o fim de ano na prisão

esporte Prisão Há 19 Horas

Por que Robinho não teve direito à 'saidinha' e vai passar Natal preso

fama Festas Há 18 Horas

Cachorro de Anitta some na noite de Natal: 'ainda vai me matar do coração'

fama Saúde Há 11 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

fama Televisão Há 17 Horas

SBT desiste de contratar Pablo Marçal e terá Cariúcha em novo Casos de Família

fama Música Há 19 Horas

Hit natalino de Mariah Carey entra na 17ª semana em primeiro na Billboard

economia Consumos Há 18 Horas

Saiba como evitar o aumento da conta de luz durante o verão

politica STF Há 18 Horas

Moraes diz que Daniel Silveira mentiu ao usar hospital como álibi e mantém prisão

justica Investigação Há 17 Horas

Duas pessoas morrem e três estão internadas após comerem bolo em Torres (RS)