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Os estrangeiros elevaram a exposição em papéis de mercados emergentes em fevereiro, principalmente em países como Brasil e Índia. Com isso, os fluxos privados de capital de investidores não residentes para a região subiram para US$ 17,1 bilhões no mês recém-terminado, o volume mais alto desde junho de 2016, de acordo com dados preliminares divulgados nesta quarta-feira, 1, pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF).
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Em janeiro, os fluxos internacionais haviam ficado em US$ 14,1 bilhões. O IIF nota que o interesse dos estrangeiros tem sido tanto por renda fixa como nas bolsas dos emergentes. Os aportes nos mercados locais de dívida somaram US$ 10,9 bilhões em fevereiro, enquanto no mercado de renda variável eles ficaram em US$ 6,2 bilhões. Todas as quatro regiões de emergentes monitoradas pelo IIF tiveram ingressos de recursos em fevereiro.
O IIF projeta que março deve ser novo mês de ingresso de recursos externos nos emergentes, com o total nos três primeiros meses de 2017 devendo chegar a US$ 45 bilhões. Em janeiro e fevereiro, os fluxos ficaram em US$ 31 bilhões.
A rentabilidade dos ativos nos emergentes segue atrativa, mas o IIF ressalta no relatório divulgado hoje que é preciso ter cautela. Uma das razões é que ainda há considerável incerteza sobre a agenda de políticas econômicas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobretudo como se dará sua política comercial. Ao mesmo tempo, alguns países têm conseguido avançar nas reformas econômicas e melhorado indicadores domésticos, o que contribui para atrair mais recursos.
Além de Trump, outros fatores que podem contribuir para uma reversão do apetite dos investidores internacionais, segundo o IIF, são o ritmo de alta de juros nos EUA pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano) e as eleições em países importantes da Europa, principalmente a França, onde a candidata líder do partido direitista e anti-União Europeia, Marine Le Pen, vem crescendo nas pesquisas.
Além dos dados preliminares de fevereiro, o IIF divulgou dados fechados de 2016. Brasil, Índia e Turquia estão entre os emergentes que mais atraíram recursos externos no ano passado, considerando os aportes em renda fixa e renda variável. A economia brasileira recebeu US$ 32,5 bilhões, a indiana US$ 33 bilhões e a turca, US$ 33,4 bilhões. Já a China registrou saída de US$ 654 bilhões. Com informações do Estadão Conteúdo.
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